Cidade perdida no fundo do Oceano é diferente de tudo o que já foi encontrado
28 de janeiro de 2023

Colunas formadas por carbonato cremoso em uma forma fantasmagórica fazem parte da paisagem dessa cidade perdida no fundo do Oceano. As colunas, que podem chegar a 60 metros de altura, tornam esse cenário único e chamam a atenção de pesquisadores.

O complexo está localizado a mais de 700 metros de profundidade e foi visto pela primeira vez no ano de 2000. Batizado de Campo Hidrotermal de Lost City, esse local possui algumas características únicas.

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Veículo operado remotamente explora a cidade perdida (Imagem: D. Kelley/UW/URI-IAO/NOAA )

A principal delas é que esse local, mesmo sem a presença de oxigênio, consegue manter a presença de vida. Aliás, esse é o único lugar do tipo já visto. 

Isso ocorre pois manto ascendente nesta parte do mundo reagiu com a água do mar para soprar hidrogênio, metano e outros gases dissolvidos no oceano.

O local consegue abrigar uma infinidade de crustáceos e até mesmo caracóis. Outros animais maiores, como caranguejos, também estão presentes, mas em quantidade menor.

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Colunas fazem parte da paisagem da Cidade Perdida (Imagem: D. Kelley/UW/URI-IAO/NOAA )

Cidade Perdida recebe animais e tem formação impressionante

Esses animais ficam principalmente próximos das chaminés, que expelem gases em uma temperatura que pode chegar a 40°C. Vida desse tipo nessa profundidade é algo inédito.

Apesar do ineditismo, os cientistas acreditam que existem outros lugares do tipo no mundo, mas esse em questão é o único encontrado até hoje onde é possível “chegar”. As aspas são por conta da exploração na Cidade Perdida se dar por veículos subaquáticos operados remotamente. 

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Uma das curiosidades desse tipo de formação é que ela pode permitir que vida exista ou tenha existido em outros planetas no passado, mesmo sem oxigênio. “Este é um exemplo de um tipo de ecossistema que pode estar ativo em Encélado ou Europa neste exato momento”, disse o microbiologista William Brazelton ao The Smithsonian em 2018, referindo-se às luas de Saturno e Júpiter.

Esse habitat também gera uma quantidade de hidrogênio muito maior do que as chaminés vulcânicas, também apontadas como um local onde a vida pode ter se originado. Além disso, a Cidade Perdida parece estar ativa a mais tempo do que a maioria das “chaminés negras”.

Agora, cientistas lutam pela preservação do local, já que recentemente a Polônia conseguiu o direito de mineração da região e, embora não haja material precioso na cidade cidade, a atividade pode causar danos na área. 

Via ScienceAlert

Por: Olhar Digital

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