Duas Escolas Municipais de Seropédica estão implantando o Projeto de Robótica para complementar o ensino
24 de abril de 2024

Na manhã desta quarta-feira (24) teve início na Escola Municipal Luiz Leite, o Projeto de Robótica para complementar e apoiar o ensino das crianças. O Projeto foi apresentado pelo Coordenador de Robótica, Alisson de Castro, que é professor Associado da UFRRJ.

Estiveram presentes o Secretário de Industria, Comercio, Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Alberto Machado de Freitas, o Subsecretário Claudio Bernardo, a Diretora da Escola Luiz Leite de Brito, Elizangela Lomeu, o Professor de Robótica Alisson de Castro.

O professor Alisson de Castro destacou que sua área de especialidade se chama Humanidades Digitais, esse programa pedagógico é integrado com as disciplinas para apoiar o ensino do aluno. Todo dia vai ter aula de robótica em duas escolas, a Luiz Leite e a Escola Municipal Eulália que é uma escola de referência.

Esse projeto foi dimensionado para infantil 2, fundamental 1, que é do primeiro ano ao quinto ano ao Eja (Escola de Jovens e Adultos). “Com o advento da Covid, a gente teve um problema muito sério na educação, onde muitos alunos que hoje estão no segundo, terceiro ano e ainda não foram alfabetizados. Então o primeiro objetivo chama-se reforço escolar. Então a gente vai trabalhar junto com o regente, que é o professor da sala, para usar esse material para fazer o reforço escolar”.

Então, por exemplo, leitura.

“Muitas crianças hoje ainda têm uma deficiência enorme de leitura e compreensão. Porque também não adianta só ler, se não compreende.
Então através de atividades lúdicas, de pintura, de montagem, de papelão, com eletrônica, a gente vai propondo desafios”.

“Então esse projeto é um projeto baseado em projeto. Então não é simplesmente, por exemplo, fazer um monta-monta. Monta-monta não serve para nada. A maioria da robótica que tem por aí é monta-monta. Então o aluno pega o manual, pega aquelas pecinhas de plástico, monta e tem que funcionar”.

“Não é isso que a gente quer. A gente quer que os alunos resolvam problemas. Então o projeto é baseado nisso, em resolução de problemas. A gente tem um kit inventor, que ele é o kit de robótica, para fazer as aulas de robótica propriamente dita, com motor, com sensores. Só que esse kit foi desenvolvido por uma equipe de professores que é extremamente adaptado à sala de aula, ao professor que não tem essa formação”.

“Então nós desenvolvemos esse kit, assim, a gente eliminou a parte mecânica. A parte eletrônica não tem aqueles fiozinhos, que traz uma complexidade maior e uma limitação. E a parte de programação é em bloco”.

O que eu quero dizer com isso?

“Eu quero dizer o seguinte, que a robótica, que nós vamos implementar, ela tem que ser fácil primeiro para o professor. Se ela for difícil por professor, imagina para o aluno”.

“Este projeto veio a pedido da Secretaria de Industria Comercio e Inovação da Prefeitura de Seropédica, através de seu Secretário Carlos Machado de Freitas. E dentro da Pesquisa Acadêmica, a Inovação é que nós fazemos, e aí a gente está dentro do segmento de inovação desta secretaria, porque esse aqui é um projeto inovador”.

“Se nós formos verificar, a robótica que tem hoje é, primeiro, que é acima de 10 anos, e aqui a gente está já dando aula para o infantil, a gente está falando de crianças de 5, 6 anos”.

Isso já é disruptivo, isso já é uma inovação.

“Segundo a inovação, não é aula complementar, ela é dentro da grade escolar, isso significa que o professor vai dar sua aula junto com o material. Atualmente a robótica na educação é baseada no uso de um aplicativo de computador para programar um brinquedo, permitindo ao aluno brincar enquanto desenvolve habilidades educativas”.

“Uma das coisas que a gente compreende é a realidade da escola pública. Primeiro, são os professores sobrecarregados. Mas veja só, eu na minha época de escola não tive robótica. Então, você imagina, será que os nossos professores tiveram? Então como poderíamos nós exigir que eles dessem essas aulas? Então o primeiro que a gente está fazendo um acolhimento do professor quanto à tecnologia. Por isso que a capacitação desse projeto não vai ser duas semanas ou dois dias”.

Então o que nós fizemos?

“Abrimos um projeto de pesquisa de extensão dentro da Universidade Rural, no Instituto de Ciências Exatas, fizemos uma seleção de vários alunos e os selecionados vão participar dando essas aulas. São alunos de matemática. Não são alunos de informática ou computação. Tem que ser alunos de licenciatura. Porque a gente está falando de educação. Nós professores estamos fazendo a capacitação desses monitores, esses monitores são os responsáveis pelas aulas do dia a dia. Mas o professor regente, ele vai acompanhar essas aulas e participar como forma de formação, de maneira que no ano que vem, eles possam continuar o projeto” destaca o professor  Alisson. 

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