Por que Alguns Bilionários Estão Associados à Destruição do Mundo? Uma Exploração entre Teorias Geracionais e Aceleracionismo
30 de janeiro de 2024

Introdução

Neste artigo, exploraremos conceitos recentes que provavelmente se tornarão mais comuns nos anos vindouros. Ressaltamos que alguns destes temas são controversos, mas nosso propósito é oferecer ferramentas e conhecimento para que você forme suas próprias conclusões. Inicialmente, analisaremos a Teoria Geracional de Strauss-Howe, que serve como pano de fundo para compreendermos o atual movimento aceleracionista.

Teoria Geracional de Strauss-Howe

Desenvolvida por William Strauss e Neil Howe, esta teoria descreve os ciclos da humanidade ao longo de períodos que variam de 80 a 100 anos. Cada século é dividido em quatro etapas, com cada uma delas caracterizando uma geração específica. Por exemplo, a primeira ou última etapa de um ciclo é marcada por uma crise, onde a população enfrenta guerras e revoluções em resposta a ameaças à sobrevivência. Segue-se um período de estabilidade institucional, uma “alta”, onde a sociedade compartilha uma visão comum e valores coletivos. Posteriormente, ocorre um “despertar”, caracterizado pela busca da individualidade, seguido pelo “desvendar”, onde a coletividade atinge seu ponto mais baixo e a individualidade se destaca, levando a uma nova crise e reiniciando o ciclo.

A Teoria Geracional de Strauss-Howe, embora tenha suas problemáticas e críticas, fornece uma estrutura para entendermos as mudanças históricas. No atual contexto, estamos nos aproximando de um período de crise, de acordo com a teoria, coincidindo com os 79 anos desde o término da Segunda Guerra Mundial.

Figura 1 – O que é a teoria das geracional e a qual delas você pertence?

Desafios e Críticas à Teoria Geracional

É fundamental ressaltar que essa teoria não é consensual na comunidade científica. Críticos argumentam que a abordagem dos autores, baseada nos parâmetros da sociedade estadunidense, dificulta sua aplicação a outras formas de organização social. Além disso, a forma incisiva como estabelecem relações torna a teoria suscetível a erros, sendo considerada pseudocientífica por muitos especialistas.

Aceleracionismo: Uma Nova Perspectiva

O aceleracionismo, surgido na obra “O Senhor da Luz” de Roger Zelazny, propõe acelerar o desenvolvimento tecnológico e capitalista ao máximo, visando provocar uma transformação profunda na sociedade. Embora originado na ficção científica, o aceleracionismo assumiu formas pragmáticas e extremistas na realidade. Defende que a inteligência artificial, tecnologia e até o capitalismo agressivo devem ser impulsionados até o ponto de causar um colapso e uma reconfiguração da sociedade.

Figura 2 – Visto com bons olhos por entusiastas da tecnologia, o aceleracionismo é um dos ideais que norteiam a mentalidade dos magnatas do Vale do Silício; sem perceber, somos jogados às estruturas de ruptura dentro das redes (Foto: Inteligência Artificial – DALL-E)

A Complexa Relação entre Acumulação de Capital e Colapso

Surpreendentemente, defensores contemporâneos do aceleracionismo, muitos vinculados à direita política, buscam acelerar o capitalismo ao extremo, cientes de que isso provocará seu colapso. Essa visão paradoxal encontra raízes nas ideias de Karl Marx, que reconhecia que, se o capitalismo fosse levado ao extremo, inevitavelmente entraria em colapso. Os aceleracionistas contemporâneos, no entanto, buscam acelerar esse processo, acreditando que enfrentar a crise de maneira abrupta é preferível a adiá-la.

Perigos e Críticas ao Aceleracionismo

A ideia de acelerar sem considerar as consequências reflete imaturidade e pode levar a consequências catastróficas. Críticas apontam que o aceleracionismo tem se aproximado de correntes extremistas, incorporando conceitos perigosos. O bilionário Mark Andreesen, por exemplo, defendeu ideias aceleracionistas em um manifesto tecno-otimista, ignorando as potenciais consequências negativas. A proposta de acelerar tecnologia, mercado e outros aspectos ao máximo pode resultar em um futuro onde apenas os mais privilegiados sobrevivam.

Conclusão

Em meio a essas teorias e movimentos, é crucial exercer discernimento. A Teoria Geracional de Strauss-Howe fornece um modelo interessante para entendermos os ciclos históricos, mas suas limitações devem ser reconhecidas. Quanto ao aceleracionismo, a proposta de acelerar para enfrentar crises pode ter consequências graves e irreversíveis.

Fonte: Fatos Desconhecidos

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