História dos Cassinos no Rio
25 de dezembro de 2020

Há algum tempo, fala-se da volta dos cassinos ao Brasil, com destaque para nosso querido Rio de Janeiro. Contudo, enquanto esse futuro não chega, falemos do passado.

A história dos cassinos no Brasil e no Rio de Janeiro remonta desde a época do Brasil Império. No entanto, nesse momento histórico, era tudo menos glamouroso e espetacular. O auge mesmo se deu nos anos 1930 e 1940.

“Os cassinos se consagraram no Brasil não apenas pela oferta de jogos de azar, mas também pela exibição de espetáculos e orquestras”, destaca o site História Digital.

Contudo, antes desse auge, em 1917, durante a presidência de Venceslau Brás, a prática foi proibida pela primeira vez em todo o território nacional. Os cassinos fecharam, causando um primeiro impacto negativo na economia.

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Em 1934, todavia, os cassinos foram regulamentados pelo então presidente Getúlio Vargas e, então, viveu-se um auge nos doze anos seguintes. Na época, existiam cerca de setenta cassinos em todo o país, em sua maioria localizados em grandes hotéis, reunindo empresários, famosos, políticos e até celebridades internacionais.

Não eram só os jogos, os cassinos eram famosos, também, pela exibição de grandes espetáculos musicais. Impulsionados pela expansão do momento maior do rádio no Brasil, os principais artistas nacionais apresentavam-se nos maiores cassinos do Rio de Janeiro.

Entre as décadas de 1930 e 1940, a capital da república, Rio de Janeiro, tinha os dois principais cassinos do país. O Cassino da Urca e do Copacabana Palace.

Cassino da Urca

O da Urca era o mais badalado e servia de palco para shows de artistas como Carmen Miranda, Emilinha Borba e Grande Otelo. O Cassino da Urca tinha alguns diferenciais, como um serviço de barcos que ficavam à disposição para transportar pessoas para o Cassino de Icaraí, em Niterói.

Cassino de Icaraí

O Cassino do Copacabana Palace era maior e mais luxuoso, e também recebia grandes espetáculos com muita gente famosa presente, como, por exemplo, Albert Einstein, Frank Sinatra e Santos Dumont. O Cassino de Copa tinha uma infraestrutura melhor do que a da maioria dos cassinos da Europa da época e recebeu o título de melhor casa de espetáculos da América do Sul.

Copacabana Palace, anos 1930

“O auge dos cassinos no Brasil terminou em 1946, quando o recém-eleito presidente Eurico Gaspar Dutra estabeleceu a proibição dos jogos de azar em todo o país por meio do Decreto-Lei nº 9.215. Especula-se que o militar cedeu às pressões de sua esposa, Carmela Teles Leite Dutra, uma católica fervorosa”, destaca o portal Cassinoorg.

À época, cerca de 40 mil trabalhadores perderam o emprego, causando um forte impacto negativo na economia e no turismo. A proibição está em vigor até os dias de hoje. Será que o jogo vira desta vez? No fim de 2020 o Congresso voltou a discutir a liberação dos jogos de azar no Brasil.

 

Fonte: Diário do Rio

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