Prefeitura de Seropédica comemora o Dia Internacional da Mulher com palestra sobre Vítimas de Violência
8 de março de 2019

Foi realizado nesta sexta-feira (8), no Auditório da Secretaria de Educação, Palestra idealizada pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, com o tema “O Acolhimento de mulheres vítimas de Violência”.

O evento foi direcionado ao CREAS, CRAS, CAPS, CAPSI, enfermeiras dos PSF, e o Núcleo da melhor idade do km 49, que serão multiplicadores dos direitos das mulheres junto à população. A palestra foi realizada pela Coordenadora do Niam, Jamila Rosa Maciel Honório, Cleusa Maria de Aguiar Lima, Psicóloga do Niam, e Camila de Souza Gomes, Enfermeira da Sala Lilás do IML de Campo Grande.

Muitas mulheres são agredidas pelo companheiro e acabam não denunciando por achar que não terá acolhimento, que vai perder seu cantinho onde está acostumada. Camila fala sobre a Sala Lilás do IML de Campo Grande: “No espaço de acolhimento da nova unidade, enfermeiras da rede municipal de saúde realizam atendimento qualificado, e fazem notificação dos casos de violência no Sistema de Informação. Além disso, no local as mulheres terão todo acolhimento necessário”. Enfatiza Camila.

Outra dificuldade que a mulher passa, e de ficar desacreditada, porque o agressor na frente dos outros é uma boa pessoa, mas com a mulher é uma pessoa ruim; “As pessoas acreditam que um agressor tem uma cara, que parece ‘criminoso’, que tem antecedentes. Mas não é assim. O agressor trabalha, tem uma boa reputação, paga impostos. Quando a mulher expõe a violência, tem dificuldade de encontrar testemunhas. Os amigos dizem que é uma ótima pessoa, bom profissional, bom colega de trabalho. A palavra dela acaba sendo desacreditada. As pessoas não conseguem relacionar aquela cara gente boa, bom amigo, com um agressor, então é como se ela estivesse mentindo, exagerando”. Destaca.

A orientação da Secretária de Assistência Social, Fernanda Moffati, é que, em de caso de agressão, as mulheres procurem a Assistência Social, ou o CREAS ou CRAS, que ali vão receber orientação de como proceder, e terá acompanhamento psicológico. “Nos casos de violência doméstica, a decisão de denunciar o agressor é sempre mais difícil. Muitas mulheres confundem relacionamentos abusivos com zelo, excesso de amor. A vítima tem geralmente um vínculo não apenas financeiro, como emocional com o agressor, por isso a necessidade de procurarem orientação na Assistência Social”.

“Geralmente a sociedade se exime de qualquer responsabilidade, com a máxima de que ‘em briga de marido e mulher não se mete a colher’. Uma coisa é certa, estas mulheres não estão abandonadas, hoje existe leis que protegem a mulher, elas devem procurar ajuda, tanto na Delegacia, quanto nas ações socias existentes nos municípios”.

Estiveram presentes o Vereador, Professor Ivan, a Subsecretária de Assistência Social, Karla Gama, a Coordenadora do Núcleo da Melhor Idade do Km 49, Aline Aguiar de Oliveira, e a Coordenadora do CAPS, Carla Andreia Muniz Monteiro.