Dados divulgados pela UFRJ da segunda semana de janeiro indicam a necessidade de lockdown no Rio
24 de janeiro de 2022

Levantamento coloca praticamente todas as regiões do estado em patamar mais grave de transmissão. Apesar do número, instituição ainda não recomendou ao governo e prefeituras a medida restritiva

Um documento técnico publicado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nesta segunda-feira, revela números da pandemia por covid-19 no Rio que indicam a necessidade de lockdown.
 
Segundo o Covidímetro sobre a segunda semana de janeiro, cada pessoa infectada transmite a doença para outras 2,6, o que indica um risco acima do “Muito alto”. Apesar dos números, a universidade, até o momento, não recomendou às autoridades medidas tão restritivas de circulação. 
 
“Ações devem ser tomadas pelas autoridades competentes e pela população em geral para restrição da contaminação, como usar máscaras, conter aglomerações e vacinar-se, por exemplo”, pontuou a instituição, em nota. 
 

Covidímetro da UFRJ na segunda semana de janeiro de 2022 - Divulgação

Covidímetro da UFRJ na segunda semana de janeiro de 2022Divulgação
De acordo com o documento, todas as regiões do estado, exceto a Noroeste, tiveram números de risco de transmissão superior a 2, que é quando a medida de restrição máxima é recomentada “Lockdown é Necessário”. Na Região Metropolitana 1, que inclui a capital e cidades da Baixada Fluminense, o indicador ficou em 2,60, o que indica que cada pessoa com covid-19 transmite a doença para mais de duas.
 
O maior indicador foi registrado na Região Serrana, que inclui cidades como Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, que apontou a transmissão de uma pessoa para outras 2,76. No caso da Região Noroeste, esse número ficou em 1,61. Nesse patamar, os municípios ficam entre o risco “Alto” e “Muito Alto”, segundo o Covidímetro da UFRJ.
 
Ainda segundo o painel, a estimativa, considerando o atual cenário, é que os casos sigam em alta pelos próximos 15 dias, quando deve ocorrer uma redução. Até esse prazo, a UFRJ estima 3,2 milhões de novos diagnósticos positivos para covid-19 no Estado do Rio. O crescimento considera a manutenção e reforço de medidas como deslocamento mínimo possível, uso de máscaras, higienização, transportes coletivos adequados e sem aglomerações.
 
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio disse que “não há recomendação da UFRJ para lockdown”. A pasta disse ainda que a própria universidade possui um representante formal no Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC) da Prefeitura do Rio, que é o médico infectologista Alberto Chebabo, e nem ele ou qualquer outro membro do CEEC recomendou o lockdown no município do Rio de Janeiro.
 
A Secretaria de Estado de Saúde também foi questionada sobre a nota técnica da UFRJ, mas até o momento não emitiu parecer.
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