HOMENAGEM A FAMÍLIA BREVES QUE DESBRAVARAM O SUL FLUMINENSE DO RJ
14 de dezembro de 2016

A vinda da família Breves impulsionou o progresso do Sul Fluminense do RJ e aqui contamos uma parte da história, onde iniciaram com escravatura, plantio do café, a busca por ouro e pedras preciosas.

Joaquim José de Sousa Breves (São João Marcos, 1804 — Passa Três, 1889) foi um fazendeiro e militar da Guarda Nacional brasileiro, considerado o “Rei do Café” na época do Brasil Império. Foi o primeiro cafeicultor a receber tal apelido.

Nasceu na Fazenda Manga Larga, sede da sesmaria de seu pai, o açoriano e capitão-mor José de Sousa Breves, que era casado com Dona Maria Pimenta de Almeida Breves, no município de São João Marcos, atual distrito de Rio Claro.

Foi feito comendador da Imperial Ordem de Cristo, oficial da Imperial Ordem da Rosa e coronel da Guarda Nacional pelo imperador D. Pedro II. Possuía terras que iam do litoral sul-fluminense até o sul do estado de Minas Gerais e que deram origem a diversas cidades nessas regiões, como as fluminenses Mangaratiba, São João Marcos, Rio Claro, Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Barra do Piraí, Pinheiral, Mendes, Vassouras, Valença e Rio das Flores.

O casamento naquele tempo era mais um negócio de família do que uma questão de sentimento. Casou-se com sua sobrinha, Maria Isabel de Moraes Breves, filha dos barões de Piraí – José Gonçalves de Morais e Cecília Pimenta de Almeida Frazão de Souza Breves, sua irmã. O casal teve oito filhos: Cecília; Saturnina; Leôncia; Maria Isabel; José Frasão; Joaquim José; Rita; Mariquinhas.

Por nascimento e posição foi admitido no Paço como moço fidalgo da Casa Imperial. Em 15 de agosto de 1822 em São João Marcos, incorporou-se à comitiva regencial, como Guarda de Honra de D. Pedro, indo a São Paulo e Santos, na volta assistiu o grito da independência, no Ipiranga. Dos presentes que presenciaram esse fato histórico Sousa Breves foi o último a falecer. Membro da Guarda Nacional, como recompensa pela sua fidelidade ao Imperador D. Pedro I, também adquiriu o título de Comendador da Ordem da Rosa, um dos vários títulos honoríficos da Coroa. A partir daí ficou conhecido como “Comendador Breves”.

Seu falecimento se deu na Fazenda da Grama, distrito de Passa Três, no mesmo município.

Em 30/09/1889, mais de um ano após a libertação dos escravos no Brasil, morria, na Fazenda de São Joaquim da Gramma, Passa Três, o Comendador Breves. Foi enterrado, à noite, na Capela que ele mesmo mandara edificar. No seu testamento, ele exigia um enterro o mais simples possível, proibindo galões dourados ou de prata no caixão. Foi sepultado com a mesma roupa preta com que sempre andava. Figura ainda hoje meio lendária, o Comendador Joaquim José de Souza Breves, na sua época conhecido como o “rei do café”, acumulou uma incrível fortuna em meados do século XIX. Construiu a Fazenda da Gramma e lá estabeleceu a sede dos seus domínios. Sua fortuna, todavia, não resistiu à geração seguinte.

As origens da família Breves no Brasil remontam a Antonio de Souza Breves, descendente de François Savary, Conde de Brèves, embaixador francês de Henrique IV em Constantinopla (1560 – 1628). Um dos seus filhos emigrou no século XVII para os Açores. Antonio, estabeleceu-se num local perto de uma cachoeira, daí ficando conhecido como “Antonio da Cachoeira”. Seu filho, José de Souza Breves, era proprietário da Fazenda Manga Larga, às margens do rio Piraí. Colocou-se às ordens das autoridades locais para expulsar os Puris da região. Recebeu, em troca, a patente de Capitão-Mor e o comando das milícias de Resende e arredores, reforçando o seu poder. O Capitão José de Souza Breves casou-se com Maria Pimenta de Almeida, brasileira, da Ilha Grande. Tiveram 5 filhos, dos quais Joaquim Breves, que se tornaria o mais famoso deles.

Família Imediata

Principais Pedras Preciosas encontradas entre Minas Gerais e sul Fluminense: A – T

ÁGATA: é uma pedra multicor, com várias camadas. Muitas vezes é artificialmente tingida. Seu nome deriva de Achates (hoje Dirillo), rio siciliano no qual foi encontrada pela primeira vez. Brasil e Uruguai são grandes produtores mundiais.

ÁGUA-MARINHA: é a variedade azul do berilo. Os antigos druidas celtas usavam o berilo para adivinhação. Consta que as primeiras bolas de cristal foram de berilo, somente posteriormente sendo utilizados os cristais de quartzo.

AMETISTA: é a variedade roxa do quartzo. É o símbolo do “terceiro olho” dos místicos. Segundo a lenda, foi criada quando o deus grego do vinho, Dionísio, ficou irado com os homens e jurou lançar tigres contra o primeiro ser humano que cruzasse a sua frente. Uma mulher chamada Ametista, que se dirigia ao templo da deusa grega Diana, surgiu e foi atacada pelos tigres. A deusa Diana teve piedade da mulher e transformou-a em cristal, para que ela não sentisse mais dor. Arrependido, Dionísio derramou vinho sobre o cristal, tornando-o violeta.[2] Até o século XVIII, a ametista era tão valiosa quanto o diamante, mas a descoberta de abundantes jazidas no Brasil fez com que seu valor caísse bastante. Brasil, Uruguai e Madagascar são grandes produtores mundiais de ametista.[3] Normalmente a ametista encontra-se na natureza sob a forma de geodos ou drusas. Geodos são pedras ocas revestidas internamente por cristais de quartzo ou ametista. Drusas são agrupamentos irregulares de cristais sobre uma matriz.

BRILHANTE: não é propriamente uma pedra, mas um tipo de lapidação, que produz uma jóia de 57 faces. Existem brilhantes de diamante, rubi, zircão (um substituto mais barato do diamante) etc.

CITRINO: é um quartzo com impurezas férricas, as quais geram uma coloração amarela, laranja ou vermelha (daí o nome, “citrino”, uma referência às frutas cítricas, as quais apresentam estas colorações). É uma pedra relativamente barata, e muito usada na joalheria. Os maiores produtores mundiais são Brasil e Escócia.

CITRINO

Com belo traje  citrino,

A “águia negra…desfila;

com seu delíneo divino,

os meus amores destila!

DIAMANTE: é a pedra mais dura da natureza. Um diamante só pode ser cortado por outro diamante. Por este motivo, é utilizado na indústria como material cortante e perfurante. A maior parte do diamante extraído da natureza, oitenta por cento, é utilizada na indústria. Apenas vinte por cento é utilizada na confecção de joias.

Símbolo de riqueza, é a joia preferida para as alianças de noivado e casamento. Simbolicamente, significa a indestrutibilidade do amor.

Seu nome vem do grego adamas, que significa “inconquistável”. Sem dúvida, uma referência à sua dureza.

O diamante é a única pedra preciosa que é composta por um único elemento, o carbono.

Até o século XVII, praticamente todos os diamantes produzidos no mundo vinham da Índia. Nos séculos XVIII e XIX, o maior produtor mundial tornou-se o Brasil, devido principalmente às jazidas na região da cidade de Diamantina, no estado brasileiro de Minas Gerais. Atualmente, o maior produtor mundial é a África do Sul.

Leoní,nem diamantes,
Brilham com tanto fulgor;
Mesmo as pedras brilhantes,
Não te igualam,meu amor!..

GRANADA: não é uma pedra, mas um grupo de pedras que têm a característica comum de apresentar freqüentemente cristais granulares (daí o nome “granada”). Ainda que se associe a granada à cor vermelha, ela pode ser de várias outras cores também

GRANADA

Teus olhos cor de granada,

São formosos …Sueli!..

Falam tudo;dizem nada…

Iguais aos teus jamais vi!
JADE: era considerado pedra sagrada na China antiga e na civilização maia. Seu nome vem do espanhol piedra de ijada. Ijada significa “flanco” em espanhol, e era uma referência às propriedades curativas que o jade exerceria sobre os rins[8]. É a pedra mais apreciada no oriente.

JASPE: apresenta geralmente uma aparência vermelha, com manchas e listras, o que motivou seu nome em grego, que significava “pedra manchada”. Em inglês se chama jasper, que é também o nome de uma canção de Caetano Veloso.

Linda Karla,eu conclamo…

Que o jaspe perde as cores,

Diante daquela que amo

Adivinhem…meus amores!..
Na Grécia era conhecida como SHAPPHIROS, que significa “Amado de Saturno”. Sua cor varia do azul-celeste ao azul-escuro. Grupo do coríndon. Cores: azul, verde, amarela, violeta, incolor. Substâncias corantes: ferro e o titânio. Encontra-se em placers. Utiliza-se lapidada no talhe brilhante.

  • Em 1966, foi encontrada a maior safira, um cristal com 63.000 quilates (=12,6 Kg).
  • A maior Safira lapidada está atualmente no American Museum of Natural History de Nova York, conhecida como a “Estrela da Índia”, com 536 quilates.
  • A Safira é uma pedra digna de reis e confirma que os monarcas a usavam ao redor do pescoço como uma defesa poderosa contra quaisquer males. Dizia-se que ela preservava seu usuário da inveja e também atraía a presença divina.
  • O Bispo de Rennes, no século XII, devotou orações a Safira e recomendou o seu uso em anéis (naquela época a pedra era a preferida em anéis eclesiásticos, devido à sua afinidade com o céu).
  • Como a Esmeralda, era considerada um antídoto contra veneno.

Marilene,as safiras…

Enfeitam qualquer lugar;

Mesmo em leitos de embiras,

Tu sabes como deitar…

 

ÔNIX: variedade de quartzo com faixas brancas e pretas. É mais valioso que o mármore. É a pedra oficial da medicina veterinária.

Pros ônix de teus olhares,
Do Brasil à Nova Deli…
Levantarei mil altares…
Só pra eles Annabelli


OPALA: é a pedra nacional da Austrália. Apresenta a propriedade de apresentar diferentes cores de acordo com o ângulo pelo qual é vista, propriedade esta denominada opalescência. A Austrália destaca-se entre os produtores mundiais. O nome Opala vem do sânscrito upala, que significa “pedra preciosa”. Por ser uma pedra com certo teor de água, é aconselhável guardá-la envolta em algodão úmido ou óleo, para conservar sua integridade e beleza.

Nos olhos, lindas opalas…

Tem a formosa Alderi…

Meu coração abre alas,

E só palpita por ti!..
ESMERALDA: é uma das pedras mais valiosas, junto com o diamante e o rubi. O principal produtor mundial é a Colômbia. Na história do Brasil, está ligada ao nome do bandeirante Fernão Dias Paes, conhecido como o “caçador de esmeraldas”. Ironicamente, Fernão vagou por anos pelo interior do Brasil à procura de esmeraldas, mas nunca as encontrou. Ao morrer, pensou as ter encontrado, mas, após sua morte, comprovou-se que as pedras verdes supostamente esmeraldas eram na verdade turmalinas[5].

É a pedra que representa a medicina

No verde das esmeraldas,

Enchergo a formosa Andréia;

Em teus olhares respaldas…

Os meus amores,tetéia!..

PÉROLA: é uma esfera brilhante produzida por ostras quando um corpo estranho, normalmente um grão de areia, penetra no interior da ostra e é envolvido por uma secreção da ostra. As pérolas podem ser prateadas, creme, douradas, verdes, azuis ou negras. As melhores pérolas são extraídas da região do Golfo Pérsico. O Japão domina a tecnologia de cultivo de ostras produtoras de pérolas.

O uso de pérolas é antiquíssimo, tendo sido registrado na antiga escritura hinduRig VedaQUARTZO: é a pedra preciosa mais abundante, provavelmente devido à sua grande resistência a fatores físicos e químicos. Compõe-se de cristais de sílica (SiO2). Pode ser de várias cores: transparente (cristal-de-rocha), branco, fumê, verde, rosa, marrom, com ou sem estrias. Pode se encontrar sob a forma de cristais geométricos ou de seixos. O maior produtor mundial é o Brasil.RODOCROSITA: é carbonato de manganês (MnCO3). É usada principalmente para produção de manganês, porém também é utilizada para produção de pedras preciosas, após lapidação. É considerada a pedra nacional da Argentina, onde é chamada de “pedra do inca”.

RUBI: apresenta a mesma composição química da safira, só que é vermelho, devido à presença de cromo. O rubi é extremamente raro na natureza, sendo mais comum o rubi artificial. Um rubi artificial foi utilizado na produção do primeiro raio laser. O nome “rubi” vem do latim ruber ou rubino, que significam “vermelho”. Depois do diamante, é a pedra mais dura. Exatamente por isto, o rubi é utilizado como encaixe dos ponteiros em relógios, voltímetros e amperímetros. Tradicionalmente é a pedra do anel dos advogados[17]. O rubi pode ser usado na produção de raios laser.

SAFIRA: o nome vem do hebraico sapir. Pode ser de várias cores, mas predomina a variedade azul. O maior produtor mundial é o Sri Lanka. É a pedra dos engenheiros.
LÁPIS-LAZÚLI: pedra azul-marinha que era muito utilizada na antiguidade para decoração e como cosmético, este sob a forma de pó, após trituração da pedra. É considerada a pedra oficial dos psicólogos. Os lápis-lazúlis de maior valor são extraídos da região de Badakshan, no Afeganistão.

TOPÁZIO: o nome vem do grego Topaz, que era o nome de uma ilha no Mar Vermelho da qual se extraía uma pedra amarela. Ao longo da idade média, se chamava de topázio qualquer pedra preciosa amarela. Hoje em dia, se considera topázio somente a pedra com a composição Al2 (F,OH)2 SiO4. Um dos filmes do diretor inglês Alfred Hitchcock se chama Topaz (“topázio”, em inglês).

 

TURQUESA: provavelmente o nome é uma referência aos turcos, que comerciavam a pedra na Europa. A turquesa era a pedra nacional da Pérsia e, até hoje, o Irã produz os melhores exemplares. Os antigos egípcios extraíam turquesa na península do Sinai para confeccionar joias. Os índios Navajos dos Estados Unidos a consideravam uma pedra sagrada. Sua cor varia entre o verde e o azul. É uma pedra frágil.[20]. A música Trem das cores, de Caetano Veloso, menciona em um de seus versos um “anel de turquesa”.

Lindos tais belas turquesas,

São os teus olhos Maria;

São de invejar as princesas,

Diga: quem suspeitaria?..