Pizzaria nos EUA se recusa a atender casamento gay e recebe mais de US$ 840 mil em doações
8 de abril de 2015

Pizzaria nos EUA se recusa a atender casamento gay e recebe mais de US 840 mil em doaesOs donos da pizzaria Memories, em Inidiana, nos EUA, causaram polêmica desde que declararam à imprensa local que não forneceriam a comida para um casamento gay por isso ir contra as crenças da religião dos mantenedores do restaurante.

“Nós somos um estabelecimento cristão”, diz Crystal O’Connor, dona da pizzaria. “Nós não estamos discriminando ninguém. Essa é apenas a nossa crença e todos têm o direito de acreditar no que quiserem.”

Desde então, a comunidade LGBT tem feito uma série de protestos nas redes sociais, com inclusive ameaças de incendiar o restaurante, o que levou os donos a fecharem a pizzaria.

Depois deste episódio, a rede de notícias The Blaze, conhecida pelo seu conservadorismo, abriu um uma página de arrecadação de fundos para que a família dona da pizzaria tenha suporte para lidar com a mídia e com a depravação dos ativistas, chamando o ocorrido de “Guerra Cultural”.

Resultado? As portas foram reabertas, os donos afirmam que estão recebendo grande apoio da comunidade e o site já arrecadou mais de U$ 840 mil dólares.

O Estado de S. Paulo afirma que Lawrence Jones, um produtor que trabalha para a rede The Blaze escreveu que “A intenção era ajudar a família dos donos a evitar o custo oneroso de ter a mídia plantada em frente à sua casa, os ativistas tentando derrubá-los, assim como a falta de clientes após a polêmica. Mas outros estranhos se juntaram, e o montante continua aumentando.”

Lei homofóbica

A história veio à tona em meio a um cenário perturbado no estado americano. Recentemente, o governador de Indiana sancionou a lei denominada Religious Freedom Restoration Act (Lei de Restauração da Liberdade Religiosa), a qual estabelecia que o governo não poderia restringir pessoas, empresas, associações ou instituições de seguirem suas crenças religiosas – o que, teoricamente, daria amparo à família O’Connor para agir dessa maneira em seu estabelecimento sem que houvesse punição.

A lei causou polêmica e enfrentou resistência de grandes companhias, artistas e inclusive outros estados dos EUA, o que fez o com que o governador voltasse atrás e pedisse uma nova avaliação da lei pelo Legislativo.

 

 

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