Paroquia Nossa Senhora das Graças de Seropédica Celebra Páscoa na Ressureição do Senhor
9 de abril de 2023

O Padre Paulo Sergio da Paroquia Nossa Senhora das Graças, comunidade do Cruzeiro, celebrou neste domingo de Páscoa a Ressureição do Senhor. A Santa Missa de hoje foi realizada pelos Membros da Legião de Maria. 

Neste Domingo de Páscoa o Padre Paulo Sergio destacou que a Celebração de hoje 9 de abril, é considerada uma das festas mais importantes para nós Católicos, pois celebra a ressurreição de Jesus Cristo, que morreu com o intuito de libertar a humanidade do pecado. 

Antes do inicio da Santa Missa, o Ministro da Eucaristia, Gervásio, reza três Ave Marias e convida a todos para participarem da Legião de Maria, as reuniões são aos sábados. A Legião de Maria é uma associação de católicos que, com aprovação da Igreja e sob o comando de Maria medianeira de todas as graças, se constitui em legião para servir na guerra, travada pela Igreja, contra o mal que existe no mundo. A Legião está, por isso, organizada à maneira de exército, mas com as armas que não são deste mundo.

O Padre Paulo Sergio durante sua Homilia disse que no Evangelho de João Capitulo 20 de 1-9, enfatiza: “No domingo, Maria Madalena foi ao túmulo, logo de manhã, fazendo ainda escuro e viu que a pedra que o tapava já tinha sido retirada. Foi a correr ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse-lhes: “Levaram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o puseram.” Então Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo ver o que se passava. Iam a correr juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Inclinou-se para ver e reparou que as ligaduras estavam no chão, mas não quis entrar. Logo a seguir chegou Simão Pedro. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver as ligaduras no chão e o pano que cobria a cabeça de Jesus dobrado a um canto e não misturado com as ligaduras. Depois entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro. Viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Sagrada Escritura, segundo a qual Jesus havia de ressuscitar. “Recordamos aquela manhã de domingo quando os apóstolos viram as santas mulheres voltarem do túmulo com uma história de anjos. Um cadáver sem sangue, transfixado por uma lança, ressuscitou com uma nova vida misteriosa. Jesus cumpriu sua promessa. A morte, nosso inimigo mais antigo, havia sido dominada”.

Ao percebermos que Maria Madalena foi a primeira testemunha da ressurreição, vemos, também, que ela foi a primeira a sair para estar onde Ele pudesse ser encontrado. Neste dia de Páscoa, oramos para que possamos manter nossos olhos abertos, esperando com expectativa os sinais da presença de Deus para nós.

O evangelho que a liturgia propõe neste Domingo de Páscoa. Ao invés de ser um relato da ressurreição, esse é na verdade um relato do “sepulcro encontrado vazio”, pois a ressurreição é indescritível. Ao contrário da paixão e da morte de Jesus, as quais são descritas minuciosamente pelos evangelhos, nenhuma descrição da ressurreição é feita, o que pode parecer estranho, considerando que é a ressurreição o evento fundante do cristianismo e, por isso, o centro da fé cristã. Foi exatamente em função da ressurreição que os evangelhos foram escritos e, mesmo assim, seus autores não conseguiram descrevê-la.

O texto que a liturgia de João propõe para hoje, é apenas a introdução daquilo que o Quarto Evangelho dedica à ressurreição, sem, no entanto, descrevê-la: a descoberta do sepulcro vazio, o que pode significar muita coisa ou quase nada, a depender de quem faz a constatação. Três personagens entram em cena nesse texto: Maria Madalena, Simão Pedro e o Discípulo amado. O número três já é, por si, um grande e significativo sinal; se trata de um indicativo teológico: significa uma comunidade, a qual encontra-se profundamente abalada, devido ao final trágico de seu líder, mas que vai, aos poucos, sendo recomposta, à medida em que a esperança é recuperada.

O primeiro versículo é bastante significativo, pois apresenta o verdadeiro retrato da comunidade antes de vivenciar a experiência da ressurreição: “No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo”. O “primeiro dia” é o dia seguinte ao sábado, último dia; isso quer dizer que a comunidade ainda estava apegada à lei, cumprindo o repouso sabático. A observância da lei atrasa a experiência da ressurreição que é, na verdade, a nova criação que se instaura, por isso, a ênfase ao primeiro dia. Isso não significa que a ressurreição se deu exatamente no domingo, o primeiro dia da semana, mas foi nesse dia que a comunidade começou a despertar e a fazer a experiência de encontro com o Ressuscitado.

A cultura da morte está tão presente na mente dos discípulos que nem mesmo a pedra do túmulo removida é suficiente para animá-la. De fato, a remoção da pedra e a suposta ausência do corpo de Jesus causa, inicialmente, preocupação e espanto, ao invés de alegria e esperança. Por isso, Maria Madalena, certamente preocupada, correu para comunicar a Pedro e ao Discípulo Amado: “Retiraram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o colocaram”. Nessa fala da Madalena vem expressa a falta de um cadáver; querem saber onde está o corpo morto para reverenciá-lo, provavelmente com os perfumes, e chorar junto dele.

“O corpo de Jesus estava enrolado com pano e faixas de linho igual uma múmia, não poderia rouba-lo, será que os ladrões teriam este trabalho de desenrola-lo todo ensanguentado e colocar as faixas separadas em um canto?”

Com o aviso de Maria Madalena, também Pedro e o Discípulo Amado tomam a iniciativa de ir ao túmulo para conferir a veracidade da informação, uma vez que a palavra da mulher não era digna de credibilidade naquela sociedade. Afirma o texto que “Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo”, o que revela o grau de desânimo de Pedro após ter sido tão incoerente com o Mestre na fase final de sua vida: opôs-se a ele na ceia, no momento do lava-pés, e o negara durante o processo. A falta de motivação de Pedro foi, certamente, marcada pelo remorso da negação e outras incoerências, o que será recuperado quando experimentar o Ressuscitado em sua vida.

O Discípulo Amado, embora tenha chegado primeiro, espera que Pedro também chegue e faça ele mesmo a sua experiência: “Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho no chão”. Tendo entrado no túmulo, Pedro comprova a ausência do corpo de Jesus e, certamente, faz uma longa reflexão a respeito de tudo o que tinha acontecido nos últimos dias. 

Para Pedro, foi necessário um pouco mais de tempo, pelo menos algumas horas, para convencer-se de que o Senhor ressuscitou e vive. Mas, os sinais estão apontando para isso: interiormente, ele já estava “teorizando” sua fé, reconstruindo-a lentamente, uma vez que os acontecimentos do lava-pés ao julgamento de Jesus foram muito fortes e deixaram suas expectativas bastante comprometidas.

“Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles, disse: A paz esteja convosco”.

Não obstante as frustrações e decepções com o final trágico de seu líder, condenado e morto na cruz, a reunião dos discípulos mostra que a comunidade está se recompondo, após uma natural dispersão. Por “medo dos judeus” entende-se o medo das autoridades religiosas que condenaram Jesus em parceria com o império romano, e não todo o povo. É típico de João usar o termo “judeus” em referência às autoridades.

O medo é preocupante, é um impedimento à missão; é fruto da angústia, da desilusão e do remorso de alguns; significa a ausência do Senhor. Sem a presença do Ressuscitado toda a comunidade perece e sua mensagem é bloqueada; as portas fechadas impedem a boa nova de ecoar.

Manifestando-se no meio dos discípulos, Jesus Ressuscitado inicia neles o processo de transformação, oferecendo o primeiro antídoto ao medo: o dom da paz! É o encontro com a paz de Jesus que levanta o ânimo. Jesus comunica a sua paz e, ao mesmo tempo, reforça o modelo de comunidade sonhado e praticado durante toda a sua vida: uma comunidade igualitária e livre, tendo um único centro: o Cristo Ressuscitado. É esse o significado do seu colocar-se no meio deles. Para uma comunidade viver realmente os propósitos do Evangelho é necessário, antes de tudo, que ao centro do seu existir esteja o Ressuscitado.

Jesus esta Vivo e está no Meio de Nós

INICIO DA SANTA MISSA DE PÁSCOA

 

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