O Site Seropédica Online volta a alertar a população e as autoridades sobre práticas irregulares cometidas pela concessionária EcoRioMinas, responsável pela administração da BR-465. Nesta segunda-feira, 13 de maio, nossa equipe registrou novos flagrantes de descuido por parte da empresa com o município.
Desta vez, fresa asfáltica — resíduo da raspagem de pavimento — foi despejada de forma descuidada no acostamento da Estrada Rio–São Paulo, dentro da faixa de domínio da concessionária. Ainda que o material esteja tecnicamente em sua área de responsabilidade, o modo como foi lançado, sem qualquer contenção ou sinalização, representa risco à segurança dos motoristas, principalmente à noite, devido à falta de iluminação no trecho.
Além disso, em outros pontos de Seropédica, como no acesso à Rua da Lagoa, a fresa foi novamente descartada fora da faixa de domínio da rodovia, o que configura prática irregular e passível de responsabilização. A Prefeitura de Seropédica, inclusive, havia instalado uma porteira no local justamente para coibir o despejo ilegal de entulho e lixo por parte da população.
Porém, o mau exemplo da concessionária vem surtindo efeito negativo: moradores, ao presenciarem o descarte de fresa pela EcoRioMinas fora da área de domínio, passaram a aproveitar a situação para jogar sobras de obras e lixo na mesma região. Com isso, forma-se um cenário de desordem e degradação urbana alimentado pela negligência da empresa.
A consequência direta desse problema recai novamente sobre o poder público. A Prefeitura de Seropédica tem sido obrigada a deslocar máquinas e caminhões para remover o material descartado de maneira indevida — tanto a fresa quanto o lixo. Isso significa que equipamentos e servidores que deveriam estar sendo utilizados para a manutenção de ruas, praças e vias do município acabam desviados de suas funções originais para fazer a limpeza de áreas comprometidas pela irresponsabilidade da concessionária.
Vale lembrar que o descarte inadequado da fresa asfáltica também traz riscos ambientais. Sem contenção adequada e misturada a lixo e entulho, a fresa pode infiltrar-se no solo com as chuvas, contaminando lençóis freáticos e aquíferos. É lamentável que uma empresa que se diz comprometida com a sustentabilidade — e carrega “ECO” no nome — cometa infrações ambientais tão graves.
A população também continua denunciando a omissão da EcoRioMinas com a infraestrutura urbana do município. Um exemplo é a ausência de pontos de ônibus em locais movimentados, como em frente ao Supermercado Rio Sul. Em outros trechos, a falta de manutenção nos abrigos coloca em risco os usuários. No centro da cidade, a Defesa Civil precisou remover a cobertura de um ponto de ônibus que ameaçava cair sobre pedestres.
Outro caso revoltante está no Km 42. A área, antes destinada ao lazer e à prática de atividades físicas, com ciclovia e boa visibilidade, foi transformada em um depósito de fresa. Além de prejudicar a paisagem urbana e desvalorizar o espaço público, a situação compromete a segurança dos frequentadores, tornando a região propensa a assaltos e acidentes.
Diante da sucessão de problemas, fica a pergunta: até quando Seropédica será penalizada pelas ações da EcoRioMinas? A população espera que a empresa cumpra seu papel legal e social, colabore com o desenvolvimento do município e pare de transferir os custos de sua negligência para os cofres públicos e a rotina dos moradores.
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