Iniciativa busca criar protocolos para proteger anfíbio
Pesquisadores já alertavam sobre a necessidade de medidas compensatórias para minimizar os danos ao habitat da espécie. No entanto, a situação se agravou e, apesar dos esforços, a rã-de-Seropédica permanece em situação alarmante. Especialistas temem que, sem ações urgentes, ela possa desaparecer.
Em 2023, a ONG Amphibian Ark, em parceria com o ICMBio, identificou espécies de anfíbios em risco e recomendou iniciativas de conservação fora do habitat natural. A partir desse levantamento, três instituições foram selecionadas para desenvolver projetos que garantam a sobrevivência dessas espécies, sendo o BioParque do Rio uma das escolhidas.
Para viabilizar o projeto, o parque recebeu investimentos de R$ 190 mil para a construção da estrutura de um laboratório, que conta com salas projetadas para atender todas as necessidades sanitárias e de manejo de espécies de répteis e anfíbios ameaçados de extinção.
Como essa espécie nunca foi mantida sob cuidados humanos, ainda não existem protocolos definidos para sua reprodução e manejo. Para evitar riscos associados ao resgate direto dos animais, o projeto começa com uma espécie semelhante, a rã-signifer (Physalaemus signifer), amplamente distribuída e fora de risco de extinção. O trabalho inicial envolve desenvolver técnicas de manejo e reprodução que, no futuro, serão aplicadas à rã-de-seropédica.


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