Diretor de OS beneficiada por Witzel doou R$ 75 mil para campanha
20 de julho de 2020

Informação foi divulgada pela deputada Martha Rocha (PDT), na manhã desta segunda-feira, durante uma sessão da Comissão de Saúde e Gastos com a covid da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)

O diretor médico da Organização Social (OS) Unir Saúde, Bruno José da Costa Kopke Ribeiro, doou R$ 75 mil para campanha do então candidato ao Governo do Rio Wilson Witzel. A informação foi divulgada pela deputada Martha Rocha (PDT), na manhã desta segunda-feira, durante uma sessão da Comissão de Saúde e Gastos com a covid da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
 
Durante reunião desta manhã, parlamentares ouviram o depoimento do diretor-executivo da Unir Saúde, Marcus Velhote. Em determinado momento, a presidente da Comissão de Saúde, deputada Martha Rocha (PDT), perguntou quem era Bruno Kopke. Segundo Marcus, ele era o diretor médico da Unir e fazia toda a parte de gerenciamento de pessoal, contratação e demissão do corpo de médicos e enfermeiros.
 
Ainda de acordo com Martha Rocha, Bruno teria doado R$75 mil ao PSC. No entanto, Marcus afirmou que nenhuma doação foi feita em nome da Unir, mas que não sabia informar se essa doação, por parte de Bruno, foi realizada.
 
Operação Favorito
 
O governador do Rio desqualificou a OS em maio, após a Operação Favorito prender pessoas ligadas a Unir Saúde – que entre 2018 e 2019 recebeu mais de R$ 180 milhões para administrar dez UPAs da capital e da Baixada Fluminense.
 
O pedido que pode afastar o governador foi feito pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB, que acusam Witzel de crime de responsabilidade. O tucano fundamentou o pedido. ” Primeiro a relação do governador com o senhor Mário Peixoto, lembrando que a primeira operação deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal chamou-se Operação Favorita porque o Mário Peixoto era o favorito do rei. O segundo aspecto diz respeito a Organização Social Unir que foi requalificada pelo governador e nas gravações há indícios que tinham interesses pecuniários envolvidos.
 
Fonte: O DIA