Inclusão de nono dígito atinge também aplicativos que usam numeração de telefone para comunicação
28 de outubro de 2013

Brasília – Quem costuma usar aplicativos de smpartphones para trocar mensagens ou conversar deve ficar atento às mudanças na numeração dos telefones, com a inclusão do nono dígito no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, que começou a valer hoje (27).

O aplicativo WhatsApp, por exemplo, que permite a troca de mensagens gratuita, informou que irá fazer a atualização automática da numeração, não sendo necessária a reinstalação do programa. “Estamos cientes das mudanças de números de telefones no Brasil e preparados para migrar a sua conta para o número novo automaticamente”, diz comunicado da empresa.

Pode haver interrupção no envio de mensagens no período da mudança, necessária para a sincronização das contas. Os responsáveis pelo aplicativo garantem que todas as conversas e arquivos de fotos, vídeos e mensagens de voz e áudio serão mantidos. Outros aplicativos similares, como WeChat e Kakao Talk, também farão o ajuste automaticamente.

Já os usuários de aplicativos da Apple como Imessage (troca de mensagens) e Facetime (chat com vídeo) que moram nas regiões que terão as mudanças precisarão de fazer alguns ajustes para adaptar o programa à inclusão do nono dígito. Nos ajustes do telefone, é preciso alterar o número e desligar e ligar novamente as funções dos dois aplicativos.

O aplicativo Viber, usado para fazer chamadas grátis, por meio da internet, em que também o número do telefone serve como autenticação do usuário, precisa de adaptação nos locais onde há mudança de número. O usuário pode remover o programa e instalar novamente ou desativar sua conta atual e registrar a nova com o nono dígito.

Para quem tem smartphone, alguns aplicativos podem ajudar a atualizar a agenda telefônica, acrescentando o dígito 9 à frente de todos os números. Existem aplicativos gratuitos e pagos, para as diferentes tecnologias existentes no mercado.

A partir deste domingo, todos os telefones celulares dos estados do Rio de Janeiro (DDDs 21, 22 e 24) e do Espírito Santo (DDDs 27 e 28) terão o dígito 9 acrescido ao início dos números, a exemplo do que já ocorre no estado de São Paulo. O nono dígito deverá ser acrescentado por todos os usuários de telefone fixo e móvel que ligarem para telefones celulares dos dois estados, independentemente do local de origem da chamada.  A medida foi adotada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para atender à demanda crescente pelo serviço, e não se aplica a serviços móveis especializados de rádio iniciados com os dígitos 77 e 78.

Todo o custo da mudança vem sendo bancado pelas prestadoras e não resultará em qualquer cobrança para o cliente. O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) diz que o objetivo das prestadoras é melhorar o atendimento aos clientes. “As empresas estão trabalhando desde o ano passado na adequação de sistemas e redes e nos últimos meses têm realizado uma série de testes do novo formato”, diz comunicado do sindicato.

Para evitar transtorno aos usuários, as chamadas feitas com oito dígitos serão completadas normalmente nos dez primeiros dias de implementação. A partir dessa data, haverá mensagens orientando os usuários sobre a mudança. Dependendo da característica de cada rede, a ligação poderá ou não ser completada.

A capital paulista e algumas localidades próximas que usam o DDD 11 adotaram o nono dígito em julho do ano passado. Para o interior de São Paulo, a mudança ocorreu no final de agosto.  Segundo a Anatel, com a inclusão do nono dígito, cada área de numeração (DDD) terá a capacidade de número de celulares aumentada de 37 milhões para 90 milhões.

A previsão é que os celulares de todo país estejam padronizados com nove dígitos até o final de 2016, com a entrada dos estados das regiões Sul e Centro-Oeste, além do Acre e Tocantins. Os demais estados da Região Norte terão o nono dígito acrescido até o final de 2014; e os do Nordeste, além de Minas Gerais, até o final de 2015.

Edição: Nádia Franco

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

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