Empresários estão otimistas na Baixada Fluminense
25 de novembro de 2017

FIRJAN: empresários industriais da Baixada Fluminense estão entre os mais otimistas do estado do Rio para 2018

Pesquisa da Federação das Indústrias aponta que a expectativa é de aumento na demanda por produtos e das vendas no mercado interno e externo

A Sondagem Industrial do Sistema FIRJAN apontou que, para o fim de 2017 e o início de 2018, a expectativa dos empresários industriais da Baixada Fluminense é positiva.

Na área que abrange as cidades de Itaguaí, Japeri, Mangaratiba, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados e Seropédica (Baixada I), os empresários esperam aumento na demanda por produtos industriais (55,0 pontos). Contudo, as encomendas devem ser atendidas através da redução de estoques, tendo em vista a perspectiva de estabilidade na compra de matérias-primas, que chegou aos 50,9 pontos.

Por sua vez, na região que agrega os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé, São João de Meriti e Teresópolis (Baixada II), os empresários esperam aumento na demanda por seus produtos (60,9) e na compra de matérias-primas (56,1). A expectativa é otimista tanto em relação às vendas no mercado interno, como para fora do país (55,0).

Diante da incerteza quanto ao ritmo da recuperação da atividade econômica nos próximos meses, os empresários da Baixada Fluminense devem postergar investimentos – 40,2 pontos na Baixada I e 41,9 na Baixada II – e contratações de empregados – 48,4 Baixada I e 47,0 Baixada II. Vale frisar que a maioria das regiões segue reduzindo seus quadros.

Os resultados da pesquisa da Federação das Indústrias de outubro apontam que os empresários da Baixada Fluminense estão entre os mais otimistas do estado do Rio de Janeiro, ao lado das regiões Centro-Norte, Centro-Sul e Serrana.

A Sondagem Industrial, divulgada nesta sexta-feira, dia 24, varia de zero a cem pontos. Os valores abaixo de 50 indicam redução ou pessimismo e acima de 50 representam aumento ou otimismo.

Baixada I – Itaguaí, Japeri, Mangaratiba, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados e Seropédica

 Apesar do otimismo dos empresários para os próximos meses, em outubro, a Sondagem Industrial apontou piora da atividade industrial da Baixada I. O volume de produção caiu (48,5) e os níveis de estoques ficaram estáveis (51,0). Ainda assim, ficaram acima do planejado, com 53,0 pontos – indicador acima dos 50 aponta aumento e abaixo queda. Nesse cenário, a indústria da Baixada I operou com 68% da utilização da capacidade instalada e o número de empregados seguiu caindo (47,1).

“Enfrentamos uma fase muito difícil, com queda na produção e consequentemente no quadro de colaboradores. A crise pode ser uma oportunidade de inovarmos para superarmos as dificuldades. Com criatividade, podemos fechar bons negócios”, enfatizou Carlos Erane de Aguiar, presidente da Representação Regional FIRJAN/CIRJ Baixada Fluminense Área I, em Nova Iguaçu.

A pesquisa da FIRJAN indica ainda que, diante da persistência da baixa atividade econômica, os industriais da Baixada I seguiram insatisfeitos com a situação financeira de suas empresas (37,5), em outubro. Contribuíram para essa condição a dificuldade de acesso ao crédito (31,9) e as baixas margens de lucro operacionais (36,7). O estudo observa que esse resultado foi semelhante ao do restante do estado do Rio.

Baixada II – Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé, São João de Meriti e Teresópolis

Já a Sondagem Industrial da Baixada II apontou estabilidade da atividade industrial, em outubro. O volume de produção (49,3) se manteve no mesmo patamar do mês anterior. Os níveis de estoques, por sua vez, aumentaram (52,2), mas ficaram abaixo do planejado (47,9) – indicador acima dos 50 aponta aumento e abaixo queda. Nesse cenário, a indústria da Baixada II operou com apenas 63% da utilização da capacidade instalada e o número de empregados seguiu caindo (44,1).

“Apesar da situação crítica em que a economia do Brasil e a situação financeira das empresas ainda se encontram, a Sondagem Industrial aponta uma luz no fim do túnel. Através do Conselho Empresarial da FIRJAN, continuaremos pensando em saídas estratégicas que contribuam para a retomada do desenvolvimento do setor industrial e, consequentemente, para o crescimento econômico da região”, ressaltou Roberto Leverone, presidente da Representação Regional FIRJAN/CIRJ Baixada Fluminense Área II, em Duque de Caxias.

Diante da persistência da baixa atividade econômica, os industriais da Baixada II também mantiveram-se insatisfeitos com a situação financeira (36,7) de suas empresas em outubro. Contribuíram para essa condição a dificuldade de acesso ao crédito (26,9) e as baixas margens de lucro operacional (35,9). Esse cenário também é semelhante ao observado no restante do estado do Rio.