Uma Bomba prestes a Explodir em Seropédica
8 de outubro de 2014

Em vez em quando rompe uma adutora da CEDAE em Seropédica, colocando em risco a vida de populares que circulam ao seu entorno. Desta vez rompeu a tubulação que passa no meio da Estrada Rio São Paulo no km 47, próximo ao Posto de Gasolina. Por sorte a tubulação não chegou a explodir como acontece normalmente, houve uma fissura que foi detectado por populares que avisaram a CEDAE, o transito foi desviado no local, onde foi construída uma rua lateral para circulação de veículos. A última vez que explodiu foi no meio da Estrada Rio São Paulo no km 43 em frente a área de festas de Seropédica, arrancando o asfalto criando um enorme buraco onde formou-se um rio invadindo centenas de metros do local do acidente.

A Tubulação da CEDAE passa no centro do Município de Seropédica, embaixo dos quiosques da Praça Nildo Romano, colocando em risco a vida de populares que usam a praça para lazer, ou para ir ao comercio, a Caixa Econômica Federal, ou o Banco Bradesco, onde centenas de pessoas circula diariamente. Uma pergunta que muitas pessoas fazem e se a CEDAE tem feito um estudo para ver como está a real situação do desgaste da adutora que foi construída em 1946, e pelo tempo de atrito da água deixou a tubulação desgastada e enferrujada em alguns pontos, alguma coisa tem de ser feito antes que um desastre aconteça como aconteceu a pouco tempo no Mendanha em Campo Grande.

História da construção da Adutora da CEDAE

Quando a Prefeitura do Distrito Federal assumiu o serviço de águas e esgotos, a cidade do Rio de Janeiro recebia em média 510 milhões de litros de agua por dia e ainda sofria com um déficit no abastecimento da ordem de 20%. Os primeiros movimentos do Departamento de Águas e Esgotos a fim de cobrir o déficit foram a adução das águas do rio Iguaçu, em Duque de Caxias, e a construção elevatória do Juramento, em Vicente de Carvalho, também chamado de ‘booster’ do Juramento, que permitia elevar o volume de águas trazido de Lajes O contrato para a construção da segunda adutora de Ribeirão das Lajes foi assinado em 20 de novembro de 1946 com a Sociedade Industrial Tetracap Ltda., mas as obras iniciaram um ano depois, devido a problemas no fornecimento de material, importado dos Estados Unidos. A primeira parte da adutora estava terminada em 29 de outubro de 1948, mas a inauguração oficial só se deu em 31 de janeiro de 1949, com ao reservatório do Pedregulho, proporcionando um reforço para a cidade de 220 milhões de litros diários à cidade. No mesmo ano da inauguração da segunda adutora de Lajes, foi construído o reservatório de Quintino e, no ano seguinte, os de Honório Gurgel e da Mãe d’Água, na Ilha do Governador. Também em 1950 foram entregues à cidade as elevatórias da rua Bartolomeu Mitre, no Leblon, e da Ponte dos Marinheiros, na Praça da Bandeira, e iniciadas as obras da estação de tratamento de Santa Cruz, que recebia a água do canal de Ita, próximo à Ponte dos Jesuítas.

As serras de Friburgo e Teresópolis, que desde 1892 proviam água para Niterói, continuaram a ser a principal fonte de abastecimento para aquele município. Em 1954 entrou em operação o sistema de captação do canal de Imunana, que recebe contribuições dos rios Guapiaçu e Macacu e deságua no rio Guapimirim. Nele foi instalada a estação de tratamento de água (Eta) do Laranjal para torná-la potável. Mal terminou a segunda adutora do Ribeirão das Lajes, a Prefeitura começou a estudar a construção de uma nova adutora, a terceira em concreto armado, que fosse capaz de propiciar 225 milhões de litros de água adicionais por dia e atender a cidade até 1960. Além do próprio Ribeirão das Lajes, voltou-se a cogitar a captação das águas do rio Paraíba e do rio Guandu-Açú, afinal escolhido. O projeto, chamado inicialmente Guandu-Leblon, tinha a finalidade de atender as zonas altas e as extremidades da cidade, não atingidas pelas duas adutoras de Lajes, permitindo ainda o melhor aproveitamento dos mananciais locais. Um projeto para a adução conjunta Lajes-Guandu tinha sido estudado pelo engenheiro Henrique Novais em 1941, mas fora abandonado para a construção da segunda adutora de Lajes. Em 1951, foi constituída uma comissão decidida a alongar o alcance do projeto, que foi então revisto duas vezes. Ao final, ele deveria ser dividido em três etapas a serem concluídas em 1980, quando a cidade passaria a receber mais 1,2 milhão de litros por dia. As circunstâncias o tornariam ainda mais ambicioso.

O projeto demandou oito concorrências públicas, realizadas entre novembro de 1951 e agosto de 1952. No dia 25 de agosto de 1952, no Palácio Guanabara, os contratos para a execução das obras foram assinados. A primeira parte estaria concluída em julho de 1955 ao alcançar o reservatório do Engenho Novo. Porém, com nova alteração no projeto para reforçar o abastecimento de água da zona sul, decidiu-se estender a adutora até o Horto Florestal, com a perfuração em rocha de um túnel de 7,3km de extensão até o reservatório dos Macacos.

A primeira etapa da adutora do Guandu, quando concluída, tinha pouco mais de 36km, metade da extensão de Lajes, e capacidade para 380 milhões de litros de água por dia. Batizada de Henrique Novais, em homenagem ao engenheiro que primeiro percebeu a possibilidade de aproveitamento do rio Guandu permitiu um salto no abastecimento de milhão de litros de água por dia. Todavia, a segunda etapa do projeto do Guandu, prevista para estar concluída em 1960, nem se iniciara quando ocorreu a transferência da capital federal para Brasília.

DSC_0006

 

DSC_0009DSC_0010DSC_0011DSC_0013DSC_0016

Área de comentários

Deixe a sua opinião sobre o post

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comentário:

Nome:
E-mail:
Site: