Presidente da Petrobras disse que empresa estava nas mãos de bandidos
5 de dezembro de 2020

Presidente da Petrobras diz que a companhia foi vítima de organização criminosa e já pagou US$ 107 bilhões de dívidas e juros por causa de corrupção e má gestão.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, reafirmou há pouco durante evento online que discute a integridade da companhia o compromisso com a tolerância zero no combate à corrupção. Ele disse que a corrupção é um dos piores males que pode existir na sociedade, trazendo efeitos devastadores e restringindo a entrada de novas empresas em negócios.

“Essa prática desestimula a inovação e a produtividade ao mesmo tempo em que estimula as conexões secretas que possibilitam ganhos ilícitos”, afirmou acrescentando que a corrupção aumenta a desigualdade de renda e afeta os mais pobres, já que os recursos em educação e saúde são prejudicados.

Na cerimônia de abertura, que contou com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, Castello Branco disse que a companhia foi no passado vítima de um assalto criminoso de uma organização criminosa e completou dizendo que de 2015 a 2019 a empresa pagou US$ 70 bilhões de dívidas e US$ 37 bilhões de juros pela combinação da corrupção e má gestão dos seus administradores.

“Pagamos US$ 70 bilhões de dívidas e US$ 37 bilhões de juros, o que significa US$ 107 bilhões, uma verdadeira fortuna, pela combinação de corrupção com má gestão. As duas coisas andam de mãos dadas. A corrupção é um crime hediondo e acaba com a legitimidade do governo levando a democracia a descrença”, disse.

Sobre o momento atual da empresa, Castello Branco afirmou que a integridade da Petrobras tem trazido uma série de benefícios como mitigação de riscos, reconquista da imagem, maior segurança no processo rescisório e maior competitividade. Segundo ele, o sistema de compliance tem sido aperfeiçoado e espera-se agora alcançar padrão das melhores empresas globais no menor espaço de tempo.

Andrea Marques de Almeida, diretora financeira, disse que agora a eficiência pode ser mostrada com os números da empresa e ponderou sobre a geração de caixa nos últimos resultados. “É impressionante o que vemos de evolução em relação ao ano passado”. Segundo ela, a geração operacional da Petrobrás foi 80% acima da média das principais empresas da indústria.

“Temos entregue tudo o que prometemos, inclusive a redução de dívida. É um número expressivo, maior do que muitas outras grandes empresas no Brasil vem entregando. Nosso custo médio de dívida vem caindo há algum tempo. Nesse ano emitimos um papel de dívida de 10 anos com o menor custo histórico ao nível de 4,4% em dólar. Isso mostra a eficiência que conseguimos atingir com todos remando do mesmo lado”, afirmou.

Fonte: Terra Brasil Notícia

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