Facebook anuncia medidas para controlar melhor propaganda política na rede social
6 de abril de 2018

Site garante que mensagens com viés políticos vão receber marca informando quem financiou a publicação

O Facebook anunciou nesta sexta-feira que vai querer saber quem financia qualquer propaganda política veiculada em sua plataforma e verificará a identidade do pagador, em uma tentativa de frear as influências estrangeiras nas eleições.

A rede social, na mira por não se esforçar o bastante para evitar a manipulação em sua plataforma nas eleições de 2016 nos Estados Unidos, garantiu que a nova política exigirá a qualquer mensagem relacionada a candidatos ou públicos, incluir a marcação “Propaganda política”, com o nome da pessoa ou entidade que financiou.

Adapt Link Internet - Black Friday

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que a mudança significará a “contratação de milhares de pessoas” e será executada neste ano, antes das eleições legislativas nos Estados Unidos em novembro.

“Esses passos por si só não impedirão os que tentam burlar o sistema”, admitiu Zuckerberg em sua página do Facebook, “mas tornarão muito mais difícil para qualquer um fazer o que os russos fizeram nas eleições de 2016 e usem contas e páginas falsas para publicar anúncios”.

Em um comunicado paralelo, o Facebook disse que as mudanças ajudariam a melhorar a transparência e a prestação de contas na rede.

“Achamos que quando você visita uma página ou vê um anúncio no Facebook, deveria ficar claro de quem vem”, afirmou o grupo no comunicado, que acrescentou: “Também achamos que é importante para as pessoas poderem ver os outros anúncios que estão sendo publicados, inclusive se são ou não dirigidos a eles”. 

Para serem autorizados pelo Facebook, “os anunciantes precisarão confirmar sua identidade e localização”, afirma o texto, e eles não poderão publicar “anúncios políticos até estarem autorizados”.

O Facebook fez o anúncio enquanto Zuckerberg se prepara para comparecer no Congresso na próxima semana para responder às perguntas sobre o uso dos dados de 87 milhões de usuários por parte de uma consultoria britânica que trabalhava para a campanha presidencial de Donald Trump.