Polícia Civil vai na casa de Pezão para investigar suspeitas de lavagem de dinheiro em obras do Arco Metropolitano
29 de maio de 2020

A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado estão nas ruas em busca de documentos que comprovem lavagem de dinheiro em contratos do Arco metropolitano. Na mira, estão o ex-governador Luiz Fernando Pezão e quatro empresários investigados desde a Lava Jato, em 2018. Dois empresários já foram presos

Os agentes chegaram por volta das 6 horas na casa de Pezão, no município de Piraí, Região Sul fluminense, onde cumpre prisão domiciliar desde dezembro de 2019. São 26 mandados de busca e apreensão, sendo um contra o ex-governador.

A Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do RJ emitiu ainda quatro mandados de prisão contra empresários. Os policiais e promotores querem saber sobre as relações do ex-governador com os empresários e com as empresas investigadas.

Pezão ficou preso no Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, Região Metropolitana, quando ainda era governador e permaneceu na cadeia por um ano e um mês. Ele é réu na Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, acusado de integrar esquema de corrupção chefiado pelo também ex-governador Sérgio Cabral, de quem foi vice. Cabral cumpre pena de cerca de 300 anos no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste carioca.

Prisões

Dos quatro empresários com mandados, César Augusto Craveiro e Alexandre Resende Barboza já foram presos na operação desta manhã de sexta-feira (29). A polícia ainda procura por Sérgio Benincá e Luis Fernando Craveiro. Os irmãos Craveiro já tinham sido presos na Operação Boca de Lobo, de novembro de 2018, quando Pezão também foi preso, mas respondiam em liberdade.

Na ação, documentos e carros foram apreendidos pelas equipes da força-tarefa. A Justiça determinou também o bloqueio de R$ 241 milhões das empresas suspeitas da fraude