Paroquia Nossa Senhora das Graças em Seropédica chama atenção sobre Setembro Amarelo
15 de setembro de 2019

Em santa Missa Realizada neste domingo (15), na Paroquia Nossa Senhora das Graças, comunidade do Cruzeiro, o Padre Paulo Sergio, falou sobre as leituras desse domingo, que nos fazem contemplar a misericórdia de Deus.

O Padre Paulo Sergio falou sobre o suicídio, que está aumentando cada vez mais, principalmente entre os jovens. No Brasil, uma pessoa tira a própria vida a cada 45 minutos, segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV). Um dado alarmante que precisa cada vez mais de atenção da sociedade. Para isso, existe o movimento #SetembroAmarelo que este ano traz a campanha #ComoVaiVocê.

O suicídio já é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, no mundo. No Brasil, já é a quarta maior. Dados da OMS apontam que 32 brasileiros se suicidam diariamente. “Não podemos deixar de debater e aprofundar esse tema em nossas famílias, escolas, comunidades, entre os amigos e, também na saúde pública. Todos temos a responsabilidade de ajudar a diminuir os índices que temos visto crescer em todas as faixas etárias, mas principalmente entre os jovens”.

“Para nós os cristãos, esse é um grande desafio de testemunhar a fé, a esperança e o amor, através de nossa ação concreta de salvar vidas, de ajudar a dar sentido para quem perdeu a vontade de viver, e a fortalecer os que estão enfraquecidos nesse mundo que trata as pessoas como coisa descartável e sem valor”, diz.

Em sua homilia o Padre Paulo Sergio fala sobre a parábola do filho prodigo. Um homem tinha dois filhos.

O mais jovem disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa. E gastou tudo. Sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar privações.

Foi, então, empregar-se com um dos homens daquela região, que o mandou para seus campos cuidar dos porcos. Ele queria matar a fome com as bolotas que os porcos comiam, mas ninguém lhes dava.

E caindo em si, disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome! Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’.

Partiu, então, e foi ao encontro de seu pai. Ele estava ainda ao longe, quando seu pai o viu, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. O filho, então, disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’.

Mas o pai disse aos seus servos: ‘Ide depressa, trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, pôs um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejemos, pois, este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festejar.

Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto de casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou com saúde’. Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe.

Ele, porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos que te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!’

Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois esse teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!’»