Professor da UFRRJ sofre tentativa de assalto no Arco Metropolitano
27 de abril de 2018

O Arco Metropolitano foi construído no entorno da Região Metropolitana do Rio de Janeiro com a missão de desviar o intenso tráfego de veículos que apenas atravessam a cidade do Rio de Janeiro diminuindo assim, os congestionamentos nas principais vias acessos da cidade.

Os motoristas que circulam pelo Arco Metropolitano, via que liga Duque de Caxias a Itaguaí, sofrem com assaltos, falta de iluminação e de manutenção. A obra foi inaugurada em 2014 e custou R$ 2 bilhões. O local foi projetado para receber 30 mil veículos por dia, mas atualmente recebe só a metade, 15 mil.

Nesta última quinta-feira (26), por volta das 23 horas, o Professor Alessandro Pereira Alves, Chefe do Departamento de Ciências Contábeis e Finanças da UFRRJ, circulava pelo Arco Metropolitano em direção a sua residência em Petrópolis, quando próximo a estrutura metálica em Nova Iguaçu, viu barreiras de concreto, ferragens e pneus no meio da pista, com homens armados, instintivamente acelerou seu carro por cima da barreira, onde um pneus estourou, mesmo assim continuou andando com o pneu estourado por centenas de metros, parou o carro e se refugiou no mato. No meio do mato pediu socorro pelo celular para vários amigos de Seropédica. O Comandante da 4º Cia do 24º BPM, entrou em contato com o comando do 20º BPM, enviando policiais ao local.

Vejam o relato e agradecimento do professor Alessandro:

Pessoal, bom dia!?
Agradeço a ajuda de todos. Estou bem, apesar de não ter conseguido dormir ainda. As ligações para o 190 foram muito importantes. Quando a PM chegou, por volta das 23:40 (depois de uma hora da minha primeira ligação), eles relataram que fizeram de tudo para chegar o mais rápido possível, pois já tinham mais de 50 chamadas para o ocorrido.
O que ocorreu foi o seguinte. Os bandidos colocaram várias vigas de concreto enroladas em arame farpado para assaltar. Eu consegui desviar de algumas, mas não dá última, onde o meu pneu estourou. Mas, não parei, acelerei para cima deles (vi pelo menos três) e abaixei no carro para não tomar tiros. Dirigi por um bom trecho abaixado até quando a direção ficou muito dura e não estava mais conseguindo guiar o carro. Daí eu parei e sai correndo, pulei no meio do mato e fiquei escondido. Foi quando um tempo depois outros carros foram parando perto de mim na mesma situação…
Estou muito angustiado, mas estou bem. Obrigado!

O professor e mais três carros ficaram até as 2:00 h aguardando o reboque, acompanhados de uma viatura com dois PMs.