Magé e Seropédica ameaçam tradicionais vencedores no handebol
27 de abril de 2018

Trabalhos de profissionais da modalidade passaram a dar resultados com conquistas de medalhas

O handebol dos Jogos da Baixada pode estar passando por um período de transição com o surgimento de novas potências em uma modalidade dominada historicamente por Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São João de Meriti. Juntos, os municípios acumulam 49 ouros de 58 possíveis, segundo levantamento feito com base no livro ‘Jogos da Baixada – 20 Anos’.

Uma mudança que começou a ser traçada na edição de 2016, com a surpreendente medalha de ouro conquistada por Magé no handebol feminino sub-14. De lá para cá, o município levou outros dois títulos na modalidade: no feminino sub-17 na edição do ano passado e no feminino sub-14 neste ano. Seropédica também aparece como surpresa na competição. No ano passado, conquistou o ouro no masculino sub-14.

O tricampeonato permite sonhar com voos maiores. “Neste ano, a nossa meta é ser campeão na classificação geral do handebol. E, a partir daí, passar a buscar uma hegemonia na modalidade”, projeta o professor Pablo Angelo Elias.

O treinador Pablo Angelo conduziu Magé ao tricampeonato no handebol. A primeira conquista ocorreu na edição de 2016 dos Jogos, com a equipe feminina sub-14 – Arquivo

Ele começou o trabalho no município há apenas seis anos. No ano seguinte, conquistou a primeira medalha ao chegar à final do handebol masculino sub-17 contra Duque de Caxias, que acabou levando a melhor. O trabalho é mantido no ginásio Mané Garrincha com cerca de 50 atletas de 14 a 18 anos.

SELECIONÁVEL SERÁ ATRAÇÃO

E já dá resultados. A canhotinha Rebeca, que conduziu Magé ao seu primeiro ouro no handebol feminino sub-14 em 2016, atuou na seleção brasileira de handebol de praia. Ela será a principal atração neste sábado na equipe sub-17, que irá enfrentar Mesquita na primeira fase, na vila olímpica de Duque de Caxias. Aliás, deve ser a despedida dela da competição que a projetou no esporte. “A Rebeca é a maior referência que nós temos. Ela é o ícone do time”, avalia Pablo.

Ele ainda é cauteloso ao traçar o futuro de Rebeca na modalidade, mas acredita que ela pode seguir os passos de Lucila e João Pedro, que deixaram Nova Iguaçu para atuar na seleção brasileira da modalidade. “Ela precisa manter a performance em alto nível. Se fizer isso, tem tudo para chegar lá”, diz.