Falso médico que atuava pela CCR RioSP é preso
18 de março de 2022

Um falso médico que prestava serviços para a CCR RioSP, foi preso na base da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Pindamonhangaba, na altura do km 99. O homem de 32 anos era terceirizado e foi preso por exercício ilegal da medicina.

O suspeito havia sido contratado pela Enseg, empresa que presta serviços no atendimento pré-hospitalar rodoviário. A Enseg opera nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. Uma cobertura que corresponde a mais de 3 mil quilômetros de rodovias.

Segundo a PRF, o suspeito utilizava um número de CRM inativo, de outro médico, e participou de várias ocorrências na rodovia.

De acordo com o boletim de ocorrência, a PRF recebeu a denúncia de que um homem estaria exercendo ilegalmente o cargo de médico na CCR, já que o mesmo desconhecia de termos comuns utilizados pelos médicos socorristas.

Após averiguação da PRF, foi constatado que o registro profissional apresentado, pertencia a outro médico e que estava inativo desde 1982. O homem foi encaminhado ao 1º DP de Pindamonhangaba, onde confessou não ser médico e que havia feito um curso de socorrista. O homem deve responder pelo crime de exercício ilegal da medicina.

Falso médico e grave ocorrência

No último domingo, dia 13 de março de 2022, o falso médico participou do resgate em um grave acidente de trânsito na Dutra, no trecho de Lavrinhas. Um motorista, de 36 anos, ficou preso nas ferragens após colisão traseira entre três caminhões, na rodovia Presidente Dutra, em Lavrinhas.

O homem foi socorrido em estado grave, e circulou à informação de que o falso médico teria participado da amputação de uma das pernas do ferido. A CCR RioSP nega. A colisão aconteceu no km 23, no sentido Rio de Janeiro.

Em nota ao Mobilidade Sampa, a CCR RioSP deu detalhes desta ocorrência e sobre os procedimentos que adotou após saber da notícia.

Veja a nota completa:

1 | A vítima recebeu os primeiros atendimentos emergenciais por equipes do Corpo de Bombeiros e de socorristas da Enseg, empresa contratada pela concessionária;

2 | Após o início do atendimento para desencarceramento, uma segunda equipe de resgate passou a coordenar os procedimentos;

3 | Imediatamente após o início do socorro, foram adotados todos os protocolos de atendimento pré-hospitalar, que permitiram a estabilização da vítima para posterior transferência ao hospital de referência;

4 | em razão do ferimento do membro inferior esquerdo, com laceração e esmagamento, conforme constou do Boletim de Ocorrência do Corpo de Bombeiros, houve administração de oxigênio em alta concentração, torniquete na perna lesionada e monitoramento dos sinais vitais, até o desencarceramento;

5 | Nenhum procedimento de amputação ocorreu durante o desencarceramento e o atendimento prestado pelo Corpo de Bombeiros e equipe da Enseg, empresa contratada pela concessionária, ou mesmo durante a transferência da vítima ao Pronto Socorro de Lorena;

6 | A informação de que houve procedimento de amputação no local do acidente está equivocada;

7 | em relação ao falso médico, ele foi desligado imediatamente e não presta mais serviços à terceirizada Enseg, tampouco para a concessionária;

8 | A concessionária RioSP lamenta muito o ocorrido e se solidariza com a vítima e seus familiares;

9 | Foram realizadas diversas apurações técnicas e a concessionária está prestando apoio às autoridades competentes na apuração dos fatos;

10 | A concessionária mantém equipes em contato com o hospital e está à disposição dos familiares para prestar toda a assistência necessária para minimizar os danos causados pelo acidente;

11 | Além de solicitar o desligamento imediato do falso profissional, já revisamos e aprimoramos os procedimentos adotados pelo fornecedor terceirizado. 

Procurada pela nossa reportagem, a Enseg disse em nota “que recebeu toda documentação para o exercício profissional da função de médico, e pedido de inscrição junto ao Cremesp, aguardando deferimento. Isto posto, foi surpreendida com relação a denúncia da falta de habilitação do profissional para a função de médico”.

Questionada sobre o motivo de, mesmo sabendo que ele não tinha registro, manter a contratação, a Enseg não retornou ao contato da nossa reportagem.

Fonte: Mobilidade Sampa

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