Verba disponível para prefeitos caiu pela metade entre 2010 e 2015
29 de maio de 2017

Investimento per capita dos municípios fluminenses passou, no período, de 12,29% para apenas 6,59% em relação à receita total

O dinheiro disponível para que prefeitos investissem nas áreas que bem escolhessem caiu pela metade entre 2010 e 2015. O investimento per capita dos municípios fluminenses passou, no período, de 12,29% para apenas 6,59% em relação à receita total. Ou seja, cada vez mais o orçamento das cidades é destinado a despesas fixas, como o pagamento de salários de servidores.

Os dados fazem parte da nova edição dos Estudos Socioeconômicos do Tribunal de Contas do Estado. E se referem à variação média nos cofres dos 91 municípios fluminenses — todos, exceto a capital, cuja competência pela fiscalização cabe ao Tribunal de Contas do Município.

Caiu 46%

O estudo revela ainda que, entre 2014 e 2015, houve queda na arrecadação de ISS (Imposto Sobre Serviços) de 54 cidades. A mais expressiva foi em Itaboraí, de R$ 113 milhões: despencou de R$ 248.848.286,89 para R$ 135.485.097,00. Já em Itaguaí a queda foi de R$ 54 milhões: caiu de R$ 217.223.345,20 para R$ 163.069.570,77.

Explicação

Ambos os municípios foram fortemente afetados depois que a Petrobras paralisou as obras do Comperj — Complexo Petroquímico do Rio, em Itaboraí.