Em protesto contra possível demissão em massa. Segundo informações da categoria pelo menos 500 funcionários, do quadro de 1934, devem ser demitidos. A Eletronuclear, por nota, informou que as medidas estratégicas são para aprimorar a gestão e fortalecer a sustentabilidade financeira da empresa. Os empregados temem que tal atitude “política”, possa colocar em risco a segurança das usinas de Angra 1 e 2 . Está prevista uma reunião no próximo dia 26,
Trabalhadores alertam para segurança das usinas de Angra 1 e 2
A semana começou conturbada para os trabalhadores do complexo nuclear de Itaorna, em Angra dos Reis, na costa verde. Desde a última sexta-feira (7), que o fantasma de demissões ronda as unidades de Angra 1 e 2, há possibilidade de 500 trabalhadores serem demitidos de acordo com o pacote de medidas estratégicas adotado pela Eletronuclear, que em nota disse ser a garantia do fortalecimento e sustentabilidade financeira.
Sindicalistas representantes dos empregados, acreditam que a atitude é política e pode colocar em risco a segurança das usinas de Angra 1 e 2.
“Mão de obra rara e altamente qualificada, onde o governo federal gastou milhões para qualificar está preste a ser lançada fora, sem um plano de transferência de conhecimento. Em 2023 batemos o recorde histórico de produção e faturamos R$ 4,6 bilhões. No ano passado o líquido da estatal, foi em torno de R$ 318 milhões, e parte deste valor foi destinado para custear a obra parada de Angra 3”.
É neste clima de instabilidade que os funcionários continuam realizando suas funções, aguardando um posicionamento favorável à classe trabalhadora.
Eletronuclear rejeita fiscalização da WANO
Por conta desta real situação na redução de custos os trabalhadores afirmam que “o executivo da WANO Jerome Dagois tem realizado reuniões trimestrais na empresa , ouvindo gerentes e trabalhadores e tem demonstrado extrema preocupação. por isso foi agendada uma reunião para os próximos dias para tentar explicar os atuais riscos e tentar reverter a degradação que está ocorrendo com a segurança .
A WANO (World Association of Nuclear Operators) é uma organização internacional que visa promover a fiscalização da segurança e a eficiência das usinas nucleares em todo o mundo. A WANO foi fundada em 1989, após o acidente nuclear de Chernobyl, com o objetivo de compartilhar conhecimentos, experiências e melhores práticas entre os operadores de usinas nucleares do mundo, incluindo empresas de energia nuclear, agências reguladoras e organizações de pesquisa.
A preocupação da WANO é ainda maior quando a empresa demonstrou vontade de não ser mais associada da organização internacional. Se o Brasil deixar de ser membro da WANO vai juntar-se a Coreia do Norte e Irã , únicos que possuem usinas nucleares mas não fazem parte da WANO. Está prevista uma reunião no próximo dia 26, com representantes da Agência Internacional.
Outro fato que chama atenção dos sindicalistas é “que a Eletronuclear por mais de 25 anos foi eficiente e sobrevivia com a receita das duas usinas. E logo após a privatização da Eletrobrás (atual grande acionista da Eletronuclear ) deu início a um novo discurso de que a empresa está quebrada”. (Fonte: jornal O Dia)
Fonte: A Cidade
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