Polícia Federal deflagra mega operação para desmontar esquema milionário de corrupção no DNIT
17 de dezembro de 2020
A Polícia Federal (PF), o Ministério Público (MP) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta terça-feira (15) a operação Zig Zag, que investiga fraudes em obras rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes de Minas Gerais (DNIT/MG). Sete mandados de busca e apreensão são cumpridos em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Um servidor da unidade regional do DNIT na cidade foi afastado e três empresas foram impedidas de firmar contratos com a administração pública. Mais detalhes sobre a investigação serão divulgados às 10h desta terça-feira (15), em coletiva marcada pela PF.
 
Os investigados tiveram cerca de R$ 50 milhões em bens bloqueados. Eles são suspeitos de crimes como peculato (corrupção praticada por funcionário público), organização criminosa, corrupção passiva e ativa, além de fraudes em licitações e na execução de contratos. A pena prevista para os delitos é de até 40 anos de prisão. A operação deflagrada esta manhã mobiliza 25 policiais federais e quatro auditores da CGU, que fazem buscas em três residências, um endereço comercial e no próprio DNIT do município do Triângulo Mineiro. 
 
A operação Zig Zag corresponde à quarta fase da operação ROTA BR-090, que apura desvios em contratos para obras rodoviárias com valor total de R$ 1,1 bilhão. O prejuízo estimado aos cofres públicos, até o momento, supera R$ 500 milhões. Ao longo de toda a investigação, doze servidores foram afastados, entre eles quatro ex-superintendentes. Além de Uberlândia, funcionários eram lotados em unidades do DNIT de Oliveira, na Zona da Mata, Prata, no Triângulo Mineiro, e em Teófilo Otoni, no Vale do Jequitinhonha. 

Denúncias

A Polícia Federal criou um canal de denúncias para auxiliar no combate a crimes em obras rodoviárias mineiras. Informações sobre fraudes e práticas correlatas podem ser encaminhadas pelo e-mail rota090.delecor.mg@pf.gov.br. Minas Gerais detém a maior malha rodoviária do país. A subtração de recursos públicos contribui para a precariedade das estradas – consequentemente, para a morte de centenas de pessoas todos os anos. 

 

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