A previsão é de melhora do calor, que deve permanecer, no entanto, acima dos 30°C
O Rio de Janeiro deve continuar com tempo seco na semana que vem. Nesta terça-feira (18), o estado teve cinco dos 25 menores índices de umidade relativa do ar, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. No dia anterior, as taxas mais baixas foram de cidades fluminenses, a pior em Niterói, na Região Metropolitana, de 10%.
Segundo o meteorologista da Climatempo Vitor Takao, pancadas de chuva isoladas podem acontecer em algumas cidades no fim desta semana, mas, na próxima, o tempo volta a ficar seco.
Provavelmente um retorno, talvez, de uma condição de chuva mais isolada para o estado do Rio de Janeiro. Para a cidade do Rio, a gente tem, sim, a condição mais para o fim da semana, para a ocorrência dessas pancadas de verão. Então aquela chuva que vem no período da tarde e que, de fato, pode vir com uma intensidade um pouco mais forte, mas não é aquela chuva generalizada. No começo da semana, os modelos meteorológicos que os meteorologistas usam não estavam enxergando essa projeção da chuva, mas entre ontem e hoje, a gente já, diante das atualizações que tiveram, começou a enxergar justamente uma condição favorável para a ocorrência dessas pancadas. E aí vale pontuar, mesmo com a chuva, as temperaturas ainda vão permanecer bastante elevadas. Vai continuar fazendo seus 35 {graus}. A projeção é que o início da próxima semana continue quente na cidade do Rio, mas a chuva vai perder força.
Ainda na terça-feira (18), o Rio registrou pelo segundo dia consecutivo as temperaturas mais quentes do país. Cinco cidades lideraram o ranking do Inmet: Rio de Janeiro (estação da Vila Militar, na Zona Oeste) (41°), Silva Jardim (40,6°), Niterói (40,5°), Duque de Caxias (39,8°) e Seropédica (39,7°).
Com exceção da cidade de Seropédica, as outras quatro não têm previsão de temperatura máxima acima dos 40° nos próximos dias, segundo o Inmet.
Além disso, das 25 temperaturas mais altas, 14 foram no estado.
Onze estações no Rio de Janeiro quebraram recorde de temperatura para um mês de fevereiro na segunda-feira (17). Em Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi a maior temperatura desde 1925: 40,3 graus.
O meteorologista Vitor Takao explica que isso acontece por causa da localização de um sistema de alta pressão.
A gente tem a atuação desse sistema de alta pressão. Ele funciona talvez como uma barreira. Impede o avanço de ar frio. E aí ele condiciona, consequentemente, uma maior presença de tempo aberto. O verão já é conhecido pelos dias mais longos e também pela radiação solar mais significativa. Então, toda essa mistura favorece e estimula justamente a elevação mais significativa das temperaturas no estado do Rio de Janeiro. Por que no Rio de Janeiro, principalmente, mas também nos demais estados da região sudeste? Justamente por conta da presença e da área de atuação onde está centralizado esse sistema de alta pressão. É impulsionado nas áreas costeiras, principalmente por conta da umidade do ar ser um pouco mais elevada, uma sensação de calor mais intenso. A gente tem essa alta pressão que persiste por um maior período de tempo mais no meio do ano. Mas não dá para a gente falar que é algo super excepcional. Não é algo tão frequente, mas ainda assim existe a chance de acontecer. Realmente, {há} uma configuração de sistemas de menor frequência que acontecem no planeta como um todo que favorece um cenário como esse. A gente tem associação entre o aquecimento do planeta como um todo com a ocorrência de eventos extremos, cada vez mais extremos e cada vez mais recorrentes, mas a gente precisa de fato aguardar e observar por maior período de tempo para conseguir realmente bater.
A onda de calor que atinge o Rio e o País deve terminar no início da semana que vem.
Fonte: Band Uol
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