ESTADO DO RIO DE JANEIRO INVESTE EM ECOTURISMO
25 de setembro de 2017

Segmento tem potencial para movimentar a economia fluminense

Com potencial de arrecadação e de movimentação da economia, a indústria do turismo tem uma importância especial para o estado. O secretário de Turismo, Nilo Sergio Felix, explica que o turismo tradicional já entende que preservar, cuidar, divulgar e promover o ecoturismo de um destino é fundamental, não só como atrativo, mas também para a preservação do meio ambiente e da vida do cidadão. Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), 10% dos turistas do mundo buscam destinos ecológicos. O ecoturismo é o segmento que mais cresce, com taxas entre 15% e 25% ao ano, segundo a OMT.

– Qual é o potencial do ecoturismo no Estado do Rio de Janeiro?

Nilo Sergio Felix – 
No interior do estado, existem 12 parques com cerca de 160 km de trilhas manejadas. Elas recebem mais de 2,5 milhões de visitantes por ano. Esses parques são modelos de prática de ecoturismo e turismo de aventura. O que é turismo de aventura? São turistas que vêm para a prática do esporte sem competição. O destaque na cidade do Rio é o Parque Nacional da Tijuca, primeira floresta replantada do mundo, com uma infinidade de trilhas e cachoeiras.

– Quais cidades ganhariam com o incentivo ao ecoturismo?

Nilo Sergio – Todos os municípios ganham com esse incentivo, pois quando o segmento é trabalhado, cresce a procura pelo destino. Falando por região, podemos citar a Costa Verde com áreas para mergulho, trilhas, canoagem e o raftitng em Rio Claro. Já na Região das Agulhas Negras, existem as trilhas e o observatório de pássaros em Itatiaia. O turista estrangeiro passa dias ali, só fotografando. Já na Costa do Sol, os apreciadores do ecoturismo procuram a região pelo vento, característico da região, e ideal para as práticas de windsurf e kitesurf.

– É possível fazer ecoturismo sem sair da cidade do Rio de Janeiro?

Nilo Sergio – Sim. Nós temos na cidade do Rio e na Região Metropolitana, além do Parque da Tijuca, o Pico da Pedra Branca, o Parque Natural Municipal da Caixa D’água e o Parque Natural de Taquara, áreas para trilhas, aventuras, rapel, escalada e asa delta. Mas, obviamente, o nosso interior é muito encantador. Temos ainda a Baixada Verde, com 11% de todo o verde da Região
Metropolitana.

– Qual é o papel do ecoturismo na indústria do turismo?

Nilo Sergio – O ecoturismo sempre foi um dos segmentos mais importantes dos turismos nacional e internacional, e continua em evidência. Isso se reflete no perfil do turista, que tem buscado uma experiência mais profunda de contato com o meio ambiente, recursos naturais e bem-estar. Desta forma, estão em alta os roteiros de ecoturismo que respeitam o meio ambiente e que proporcionam contato com a comunidade local. Essa tendência é cada vez maior entre turistas estrangeiros, que chegam ao país, visando desfrutar da biodiversidade existente.