A Beija-Flor conquista o 15º título de campeã do Carnaval carioca com um enredo que homenageou Laíla
A Beija-Flor de Nilópolis conquistou o título de campeã do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro de 2025. A escola de samba entrou na avenida na segunda-feira (03/03), deixando o público extasiado com sua performance marcante.
A Beija-Flor, escola que cresceu a partir da década de 1970, já possuía 14 títulos, garantindo em 2025 a 15º conquista de campeã do Carnaval carioca. O título vem no ano em que Neguinho da Beija Flor anunciou que seria seu último Carnaval como intérprete.
A escola de samba apresentou uma homenagem a Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, mais conhecido como Laíla, um de seus maiores baluartes, com assinatura de João Vitor Araújo e pesquisa de Bianca Behrends, Vivian Pereira e Guiherme Niegro. Batizado de “Laíla de Todos os Santos, Laíla Todos os Sambas”, o enredo parte da fé em Xangô, percorreu a atuação do carnavalesco dentro e fora da Beija-Flor e culminou em um reencontro simbólico com Joãosinho Trinta no plano espiritual.
O colunista do DIÁRIO DO RIO, Bruno Kazuhiro, já tinha dado como palpite que a Beija Flor era uma das favoritas ao título.
Confira o samba-enredo da campeã:
Kaô meu velho!
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traz os ventos de Oyá
Agô meu mestre
Tua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar
Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, sandália rasteira
No chão sagrado toda quinta-feira
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra reza
Vencer o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações
Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Óh Jakutá, o Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão Obá, dessa nação nagô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla meu griô

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