Oito foguetes atingem base iraquiana usada por soldados americanos
12 de janeiro de 2020

Quatro soldados iraquianos ficaram feridos. Fontes militares iraquianas asseguraram que nenhum soldado americano foi atingido

Iraque – Oito foguetes caíram neste domingo em uma base aérea iraquiana que abriga soldados americanos ao norte de Bagdá, disseram fontes militares iraquianas, que não informaram a origem dos disparos.

Quatro soldados iraquianos ficaram feridos, segundo o Exército iraquiano. Fontes militares iraquianas asseguraram que nenhum soldado americano foi atingido.

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Quase todas as tropas americanas já deixaram essa base localizada em Balad, após uma escalada entre os Estados Unidos e o Irã.

“Restam apenas quinze soldados americanos e um avião em Balad”, assegurou à AFP uma fonte militar iraquiana.

Autoridades da segurança iraquiana haviam dito anteriormente à AFP que 90% dos funcionários americanos terceirizados enviados para a base já haviam sido evacuados.

Desde o final de outubro, dezenas de foguetes foram disparados contra bases iraquianas utilizadas por soldados americanos, matando um americano em 27 de dezembro.

Os Estados Unidos acusaram facções armadas iraquianas pró-iranianas.

Em retaliação, em 29 de dezembro, os Estados Unidos bombardearam bases iraquianas na fronteira síria, matando 25 combatentes da Hashd al-Shaabi, uma coalizão paramilitar pró-Irã integrada às tropas iraquianas.

A escalada atingiu um nível sem precedentes, com um ataque de drone ordenado pelo presidente Donald Trump que matou o general iraniano Qassem Soleimani e o número dois da Hashd, Abu Mehdi al-Mohandis, em 3 de janeiro em Bagdá.

O Irã respondeu em 8 de janeiro disparando 22 mísseis balísticos contra a base aérea iraquiana de Ain al-Assad (oeste), que abriga tropas americanas, sem causar baixas.

Desde então, disparos de foguetes contra os interesses americanos – incluindo a embaixada na Zona Verde de Bagdá – foram realizados quase diariamente, enquanto o Parlamento iraquiano votou pela saída das tropas estrangeiras do país.

Fonte: O DIA