Atraso das usinas para geração de energia elétrica custa R$ 65 bi ao país
12 de fevereiro de 2015

Estudo da Federação considera que o atraso agrava a escassez de energia e o aumento dos custos. Hoje o custo médio da energia para a indústria é de R$ 403,80 por MWh

Rio, 12 de fevereiro de 2015

O atraso das obras das usinas para geração de energia elétrica custou, de 2006 a 2014, R$ 65,1 bilhões ao país. De acordo com estudo divulgado pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) nesta quinta-feira, dia 12, o valor leva em conta as obras atrasadas até 31 de dezembro do ano passado – 272 usinas e 410 turbinas – e o custo de reposição de energia que precisou ser feita através das usinas térmicas.

O estudo aponta que o atraso das obras contribui para o aumento dos custos de energia para os diversos consumidores. Hoje, o custo médio é de R$ 403,80 por MWh para a indústria e o Brasil ocupa a 6ª posição mais cara em ranking que contempla 28 países. Além do alto custo das térmicas, a FIRJAN ressalta que o problema agrava a escassez de energia elétrica, já que o atraso das obras impossibilitou a geração do total de 39.100 GWh que poderia ter sido oferecido pelas usinas planejadas para entrar em funcionamento até o ano passado.

A Federação considera que o momento é crítico e sugere uma revisão do cronograma para acelerar ao máximo as obras que estão em andamento. De acordo com o estudo, é fundamental a conclusão das obras de turbinas das usinas que já operam parcialmente e a exclusão daquelas que não possuem reais chances de serem concluídas.

A FIRJAN destaca também a necessidade de se acelerar a construção das linhas de transmissão para permitir a ligação com usinas que apenas aguardam a conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN) para entrar em funcionamento; de leilão apenas das obras de usinas com projeto executivo e licenciamento ambiental tecnicamente viável; e de melhoria da coordenação entre os órgãos governamentais, garantindo maior celeridade ao processo de licenciamento ambiental.

De acordo com o gerente de Competitividade Industrial e Investimentos do Sistema FIRJAN, Cristiano Prado, “essas ações são essenciais para garantir que o planejamento seja de fato executado, permitindo ao país ter a garantia de fornecimento de energia e minimizando o risco de crises futuras”. 

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O estudo “Quanto custa o atraso das usinas de geração de energia elétrica” pode ser acessado através deste link: 
http://ow.ly/IVZ0j.

sistema firjan

 

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