Países pedem que cidadãos deixem a Ucrânia; indicativo é que conflito com a Rússia se aproxima
12 de fevereiro de 2022

Neste sábado (12), a Alemanha se manifestou nas redes sociais alertando sobre a necessidade dos populares saírem da Ucrânia com urgência

Aumenta a lista de países que se posicionam a favor dos cidadãos deixarem a Ucrânia. Neste sábado (12), o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha se manifestou que para que populares só permaneçam no país em caso de “necessidade máxima”.

“Pedimos que os alemães que estejam por lá considerem deixar o país”, ponderou a diplomacia alemã em um post no Twitter. O Ministério das Relações Exteriores da Lituânia também recomendou neste sábado que seus cidadãos abandonem a Ucrânia. 

Nos últimos dias, Reino Unido, Japão, Coreia do Sul, EUA e Holanda já tinham emitido o mesmo alerta. O Departamento de Estado dos EUA declarnou a retirada da “maior parte dos funcionários americanos da embaixada de Kiev”.

Washington destacou que não poderá ajudar os americanos que permanecerem na Ucrânia em caso de invasão russa.

“Os cidadãos dos EUA na Ucrânia devem saber que o governo dos EUA não poderá retirar os cidadãos dos EUA no caso de ação militar russa em qualquer lugar da Ucrânia. A ação militar pode começar a qualquer momento e sem aviso prévio e também afetaria seriamente a capacidade da embaixada de fornecer serviços consulares, incluindo assistência a cidadãos dos EUA que saem da Ucrânia”, conta em trecho do alerta.

Sobre os brasileiros, até o momento permanece o último posicionamento do Itamary que não recomenda a saída do país.

Entenda o conflito político envolvendo Rússia e Ucrânia

Rússia já mobilizou mais de 100 mil soldados à fronteira com a Ucrânia, gerando temores de uma invasão iminente

A tensão que já vinha ocorrendo entre Rússia e Ucrânia aumentou a um nível que causou um alerta à comunidade internacional. Em meio ao risco de uma guerra iminente, o secretário de Estado americano, Antony Blinken alertou, nesta sexta-feira (11), que a invasão da Rússia na Ucrânia pode começar “a qualquer momento”. 

Essa invasão pode ocorrer inclusive durante os Jogos Olímpicos de Inverno que acontecem na China. Blinken acrescentou que os Estados Unidos seguem desativando a embaixada da Ucrânia

Além disso, também solicitaram aos estadunidenses que vivem no país europeu para deixarem o território o mais breve possível. Isso porque a Rússia continua enviando tropas para a fronteira com a Ucrânia, detalhou Antony Blinken.

“Simplificando, continuamos a ver sinais muito preocupantes da escalada russa, incluindo novas forças chegando à fronteira [com a Ucrânia]”, disse o secretário em coletiva de imprensa na cidade australiana de Melbourne.

AMEAÇA DE GUERRA

A Rússia já mobilizou mais de 100.000 soldados na fronteira com a Ucrânia, o que gera temores de uma invasão iminente.

A rivalidade entre os países têm raízes históricas. Rússia e Ucrânia compartilham como origem o chamado Rus de Kiev, um principado que existiu entre os séculos IX e XIII. Essa entidade abrangia a Rússia contemporânea, a Ucrânia e Belarus. Moscou considera esta área como seu berço.

O presidente Vladimir Putin já havia declarado que a Ucrânia teria sido “criada por Lenin” nos primeiros anos da União Soviética, uma forma de negar as especificidades da nação, que ele apresentou como artificial.

 

Legenda: Líderes ocidentais recorreram à diplomacia para aliviar a situação
Foto: Andrei Pungovschi / AFP

EPICENTRO DO CONFLITO ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA

Donbass, onde está localizada uma bacia mineira e industrial, é economicamente vital para a Ucrânia. A região fica ao leste do país e é o epicentro do conflito entre as forças de Kiev e os separatistas pró-russos apoiados por Moscou desde 2014. 

Uma batalha cultural entre Kiev e Moscou também está no centro do conflito. Há argumentos de que a região, juntamente com grande parte do este da Ucrânia, é povoada por uma população de língua russa que precisa ser protegida do nacionalismo ucraniano.

Segundo informações da agência de notícias AFP, a russofilia da região deve-se, no entanto, à russificação forçada e ao repovoamento da região após a Segunda Guerra Mundial, com a chegada de centenas de milhares de trabalhadores russos.

Fonte: Expresso Diário e Diário do Nordeste

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