Onda de calor: bombeiros já registram mais de 500 salvamentos no fim de semana no Rio
12 de novembro de 2023

Quando o calor aperta, as praias parecem bons refúgios para os cariocas . Mas é preciso respeitar os limites de segurança, como as bandeiras vermelhas fincadas nas areias, que indicam quando há risco no mar para os banhistas. Somente neste sábado (11), o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) realizou cerca de 500 resgates marítimos em todo o estado. E os perigos, muitas das vezes, podem ser evitados com cuidados simples.

O maior número de ocorrências foi na área de cobertura do 3º Grupamento Marítimo, em Copacabana: 233 casos. Itaipu, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Paraty também se destacaram. O grupamento de Itaipu realizou 77 resgates. Na Barra da Tijuca, foram 29. E os grupamentos do Recreio dos Bandeirantes e de Paraty tiveram 18 ocorrências, cada.

Os guarda-vidas ainda foram demandados para auxiliar 30 crianças a localizarem seus responsáveis.

Recorde no ano

Este ano, mais de 20 mil pessoas já foram salvas de afogamentos no Estado do Rio, quantidade 43% maior que no ano passado. Apesar das sinalizações e apitos de aviso constantes dos Bombeiros, alguns banhistas insistem em se expor ao perigo.

Na última quinta-feira (9), em apenas 20 minutos, o GLOBO flagrou cinco resgates no Arpoador, na Zona Sul do Rio, onde havia bandeiras vermelhas indicando alto risco. Uma dupla de adolescentes de 13 anos estava com a água na altura do peito, quando foi surpreendida e arrastada por uma corrente de retorno no canto da pedra. Tentavam sair do lugar, mas não conseguiam. As duas estavam sozinhas na praia.

No domingo anterior (5), quando o mar estava em ressaca, com ondas de até 3,5m, três pessoas se afogaram em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Duas foram resgatadas. O jovem Leonardo Tavares da Silva, de apenas 16 anos, sumiu no mar e ficou desaparecido por quatro dias, até ter seu corpo encontrado na última quarta-feira, na altura do posto 8.

Cuidados para serem tomados

Popularmente conhecidas como valas, as correntes de retorno se parecem como um rio em meio ao mar, que puxam a água para dentro do oceano. Geralmente, elas têm cor diferente do restante da água, além de apresentar menos ondas — o que pode levar a pessoa acreditar que é mais seguro, mas essa corrente pode levar a pessoa para o fundo do mar.

Se o banhista perceber estar no meio de uma vala, deve manter a calma e não tentar nadar para frente, em direção à areia. Se souber, a pessoa deve nadar para os lados ou na diagonal. Caso não saiba, deve acenar e se manter flutuando na água.

Os guarda-vidas ainda orientam a, assim que chegar na praia, observar as bandeiras: se forem vermelhas, a recomendação é não entrar no mar de jeito nenhum. Os banhistas também podem pedir ajuda aos bombeiros para entender as condições do dia e a forma mais segura de dar um mergulho.

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