Diocese de Itaguaí Lança a Campanha da Fraternidade 2025 com o Tema ‘Fraternidade e Ecologia Integral’
15 de fevereiro de 2025

Foi realizado neste sábado, (15) no Salão Paroquial da Catedral São Francisco Xavier, Lançamento da Campanha da Fraternidade 2025 com o Lema: “Fraternidade e Ecologia Integral” pela Diocese de Itaguaí.

A abertura do evento foi conduzida pelo Bispo Diocesano Dom Paulo Celso, que ressaltou o propósito da Campanha da Fraternidade: despertar a solidariedade das pessoas diante dos problemas concretos, buscando soluções fundamentadas na luz do Evangelho. Ele enfatizou que o cuidado mútuo é essencial para o desenvolvimento humano e para a Ecologia Integral, destacando a necessidade de estabelecer limites. “Realizamos o lançamento da campanha para toda a Diocese aqui do Regional SIM, e também houve o lançamento em Japuíba com o Regional PAR. Este é um momento importante para sensibilizar todos sobre o tema, que gira em torno da fraternidade e da Ecologia Integral. Como igreja, devemos ter também uma conversão integral e ecológica, pois a campanha ocorrerá na Quaresma. Estamos nos preparando para essa jornada, em sintonia com toda a igreja do Brasil, para que possamos cuidar — e ‘cuidar’ é a palavra chave — de todo este recanto sacrosanto da região privilegiada da Costa Verde. O nome já sugere: ‘Cuidado Verde’, envolvendo as águas, os rios e as pessoas. A Ecologia Integral é um conceito que conecta a natureza, a sociedade e as pessoas, promovendo uma compreensão mais profunda do tema e inspirando ações concretas que podem transformar nossa realidade a partir de gestos simples de mudança de mentalidade. Nosso compromisso é garantir que o ecossistema seja preservado e que a vida seja cuidada, pois, antes de tudo, estamos ao lado da vida, como nos ensina Jesus: ‘Eu vim para que todos tenham vida, e para que a tenham em abundância’. O maior louvor a Deus é cuidar da vida. Precisamos também de gestos concretos de transformação pessoal, comunitária e eclesial, além de mudanças nas políticas públicas que deem mais valor ao verde e à natureza.”

Durante o evento, montaram uma árvore artificial com folhas de Pata de Vaca, e cada um da roda que foi formada com cerca de 250 fiéis falava sobre a ecologia com frazes variadas sobre água, saúde, o mar, alimentação etc., relacionando as palavras ao meio ambiente e ao cuidado com ele. Logo a seguir, três professores da UFRRJ deram uma palestra falando sobre a proposta da Campanha da Fraternidade no que tange ao meio ambiente e ao cuidado que devemos ter.

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O primeiro a palestrar foi o Professor Mauro Antônio Homem Antunes, especialista em sensoriamento remoto e processamento digital de imagens, com PhD em Agrometeorologia pela Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos. Ele abordou o aumento das temperaturas globais, destacando a gravidade da atual crise climática. “Precisamos retroceder um pouco no tempo para entender as causas desse problema ambiental que estamos enfrentando. O aquecimento global não é um fenômeno isolado, mas sim resultado de ações humanas que têm intensificado as altas temperaturas, afetando tanto o clima quanto o equilíbrio ambiental”, afirmou o professor.

A segunda a palestrar foi a Professora Eliane Maria Ribeiro da Silva, Engenheira Florestal e PhD em Agronomia, pesquisadora da Embrapa Agrobiologia e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro a nível de mestrado e doutorado. Ela abordou o tema da qualidade do que comemos e destacou: “A qualidade do que comemos é uma preocupação constante porque, não sei se todos sabem, mas um pouco mais da metade dos agrotóxicos usados no Brasil são proibidos em outros países, como, por exemplo, na União Europeia. Então, aqueles que causam doenças e que lá não são mais aceitos continuam sendo usados nas nossas lavouras. Nos últimos anos, isso entrou de maneira muito fácil no país através de negociações comerciais que não priorizam a saúde do povo. Então, temos que ter cuidado com o que comemos”. Ela também mencionou os resíduos de medicamentos que ingerimos e como eles impactam o meio ambiente.

O último a palestrar foi o Professor Paulo Sérgio dos Santos Lelis, do Instituto de Florestas, que leciona na área de Silvicultura. Ele destacou a importância da ecologia em diferentes dimensões: “A ciência está aí para isso, para auxiliar. Temos, por exemplo, a ecologia ambiental, a relação do homem com a natureza; a ecologia social, que trata da nossa organização enquanto sociedade; e a ecologia cultural, que resgata os saberes e conhecimentos das comunidades tradicionais. Precisamos aprender com o campo e valorizar os saberes locais, porque a ecologia integral é também o saber ouvir e estudar em favor da comunidade”.

Por fim, houve a participação da Pastoral da Ecologia Integral, que falou sobre a preservação do meio ambiente e da natureza como um todo, com destaque para os mares e seus seres vivos. A Pastoral da Ecologia é uma iniciativa da Igreja Católica que busca promover a conscientização e a ação em relação à preservação do meio ambiente e da ecologia integral. Ela reconhece a importância da criação divina e a responsabilidade humana de cuidar da natureza, garantindo a sustentabilidade do planeta para as gerações futuras. A Pastoral da Ecologia atua de acordo com os princípios da Laudato Si’, a encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum. Seu objetivo é despertar a consciência ecológica nas comunidades católicas, incentivando práticas sustentáveis, o respeito pela biodiversidade e a promoção de estilos de vida em harmonia com a natureza.

A Pastoral da Ecologia Integral da Diocese de Itaguaí: Coordenação Lilian Vidal e Gilmara Ribeiro, apoio Thomas Mac Larem, Patrícia Plácido

No final do evento, foram distribuídas mudas de tomateiras oferecidas pelo Padre Paulo Sérgio, da Paróquia Nossa Senhora das Graças de Seropédica. As mudas foram retiradas do canteiro da horta, que é cuidada e plantada pelo próprio Padre, que dedica seu tempo livre ao plantio sem o uso de agrotóxicos.

 

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