Praticar exercícios pode atrasar doenças degenerativas
18 de março de 2023

Segundo estudo, 6 minutos diários de atividade de alta intensidade podem atrasar doenças como Alzheimer e Parkinson

Já é um consenso na comunidade científica que praticar atividades físicas regularmente gera grandes benefícios no longo prazo. Um corpo em movimento tem melhoras no funcionamento do coração, do sistema imunológico, da respiração e de várias outras áreas. E com o cérebro não é diferente.

Um estudo recente chegou à conclusão de que seis minutos diários de atividade física de alta intensidade podem adiar consideravelmente o desenvolvimento de doenças degenerativas no cérebro, como Alzheimer e Parkinson.

O estudo

O trabalho publicado na revista The Journal of Physiology colocou voluntários para pedalar todos os dias. Isso foi o suficiente para que eles aumentassem a produção de proteínas especializadas essenciais para o cérebro e que atuam principalmente na área da memória e do aprendizado.

Essa proteína especializada é conhecida como fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e tem como principal função a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de formar novas conexões, além de atuar na preservação dos neurônios já formados.

Para evitar resultados imprecisos, os cientistas da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, definiram alguns critérios para realizar os testes:

  1. jejum de 20 horas antes do exercício;
  2. exercício leve (ciclismo de baixa intensidade por 90 minutos);
  3. exercício de alta intensidade (seis minutos de ciclismo em alta velocidade);

A partir disso, os pesquisadores concluíram que o exercício de alta intensidade foi mais eficiente para a formação do FNDC quando comparado com a atividade de baixa intensidade e o jejum.

Atividades físicas de alta intensidades obtiveram o melhor resultado no estudo
Atividades físicas de alta intensidade obtiveram o melhor resultado no estudo. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A hipótese mais aceita é de que o exercício de alta intensidade aumenta o número de plaquetas no sangue, as quais carregam grandes quantidades de FNDC. Os cientistas agora voltam a atenção para os benefícios do jejum aliado ao exercício de alta intensidade.

Segundo o principal autor do estudo, Travis Gibbons: “Agora estamos estudando como o jejum por períodos mais longos, por exemplo, até três dias, influencia o FNDC. Estamos curiosos para saber se o exercício intenso no início de um jejum acelera os efeitos benéficos. Esses dois processos são raramente estudados juntos, e acreditamos que podem ser usados em conjunto para otimizar a produção de FNDC no cérebro humano”.

Alzheimer e Parkinson

Doenças degenerativas afetam milhões de pessoas no Brasil. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

As doenças de Alzheimer e Parkinson são condições degenerativas do cérebro humano que levam à perda de algumas funções. No caso de Alzheimer, que é um tipo de demência, há perda de memória e da capacidade de aprendizagem. Já na doença de Parkinson há comprometimento das funções motoras, especialmente a movimentação muscular.

Hoje, a demência impacta 1,2 milhão de pessoas no Brasil, enquanto os casos de Parkinson afetam mais de 200 mil pessoas.

Fonte: Science Daily, Manual MSD, Ministério da Saúde

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