Novembro Azul: Muito além da próstata
8 de novembro de 2020

A saúde não vem em primeiro lugar para muitos homens brasileiros, o que pode comprometer o corpo e a mente. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) aponta que a cada três mortes de adultos no Brasil, duas são de homens. Eles vivem cerca de sete anos menos que elas e apresentam as maiores incidências de doenças cardíacas, câncer, diabetes, colesterol elevado e hipertensão arterial. O grupo ainda assume o posto de maior consumidor de álcool e tabaco, comportamentos que contribuem com a alta incidência de diversos tipos de tumores.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) revela que o câncer de próstata é o segundo mais comum em homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. A estimativa do Inca é 65.840 novos casos até o fim do ano que, se diagnosticados tardiamente, apesar dos avanços no tratamento, podem levar a maiores dificuldades e sequelas no tratamento e até mesmo ao óbito. Para se ter uma ideia da mortandade do câncer de próstata, o Atlas de Mortalidade por Câncer revelou que foram registradas 15.576 mortes em decorrência da doença, em 2018, alertando ainda mais a necessidade da prevenção e diagnóstico precoce.

A Campanha Novembro Azul tem um importante papel social, sendo o dia 17 de novembro o Dia Mundial de Combate ao câncer de próstata. Entretanto, as ações do mês chamam atenção para a prevenção e o diagnóstico inicial de diversas doenças comuns na população masculina.

O homem deve ter atenção integral com a saúde, conscientizando-se dos problemas com foco na prevenção, diagnóstico e tratamento precoce, quando for o caso. As doenças mais comuns são o câncer de próstata, outros tipos de tumores como de intestino e pulmão, a hiperplasia benigna da próstata, a hipertensão arterial, o diabetes, o sedentarismo, o tabagismo, o alcoolismo e a depressão.

A cada ano, observa-se o aumento de novos casos de câncer de próstata em decorrência de alguns fatores, como o aumento da expectativa de vida, já que o câncer de próstata é uma doença do envelhecimento e, também ao maior acesso aos exames laboratoriais e à própria assistência médica, assim como à maior conscientização da população.

Infelizmente, muitas doenças podem ter início silencioso e provocar sequelas importantes, como o diabetes e a hipertensão arterial, sendo estas as principais causas de insuficiência renal e, portanto, as principais doenças de base que levam à necessidade de hemodiálise. As patologias são, incialmente, assintomáticas. O mesmo acontece com o câncer de próstata e outras neoplasias malignas. Felizmente, ocorreram muitos avanços no tratamento, mas é preciso que sejam diagnosticadas em suas fases iniciais, quando o tratamento será mais eficaz e as sequelas serão menores.

Fonte: O TEMPO

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