As imagens, impressionantes, mostram que em vários momentos as ondas cobrem a mulher, que teria caído enquanto tirava fotos na Pedra do Pampo. O militar pulou de uma pedra carregando apenas uma boia. Ele levou 50 segundos para chegar até a moça e colocá-la no equipamento.

“Esse salvamento foi o salvamento da minha vida. Quando fui trabalhar em Itacoatiara as pessoas me disseram que aqui é uma praia diferente e eu entendi isso”, afirma o cabo Bruto, do 4° Grupamento Marítimo dos Bombeiros.

O militar carregou a moça na boia e a levou para um ponto mais seguro do mar, onde puderam ser içados por um helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ).

“Quando eu avistei a vítima, eu vi que ela estava nos últimos momentos. A gente sabe identificar pelos movimentos na água. Eu só consegui pensar: ‘se eu não entrar agora, ela vai afundar’. Meu foco era salvar aquela vida”, relata ele.

“Eu não pensei duas vezes. Eu pensei: ‘Deus, me guia até essa mulher, me protege e me guia porque eu não tô enxergando nada. Ela já estava praticamente inconsciente. Quando eu peguei ela, acho que já era o último gás dela”, afirma.

Durante o relato sobre o socorro, Bruto se emociona ao lembrar da ajuda que recebeu do colega de farda, identificado como soldado Bruno, e da aeronave: “Eu vi que não estava só. Deus estava comigo, eu tinha um colega comigo, é a importância de trabalhar junto”.

A mulher foi levada pela aeronave até a areia, onde foi transferida de ambulância para o Hospital Municipal Mário Monteiro. Além do afogamento, ela tinha escoriações.

“Eu me arriscaria de novo, em qualquer hora, em qualquer tempo, em qualquer mar. Eu estou feliz porque soube que a vítima está bem e não vejo a hora de poder dar um abraço nela e agradecer a Deus por tudo isso”, conclui Bruto.

Fonte Texto: G1